Arbitragens confusas marcam quedas de brasileiros no taekwondo
- Allan Farina
- Direto de Londres
O Brasil contou no taekwondo da Olimpíada de Londres com a presença de dois atletas, Diogo Silva e Natália Falavigna, que deixaram a Inglaterra sem medalha. Algo, porém, marcou as derrotas dos atletas do País. Nas duas lutas que decretaram o fim do sonho do pódio houve escolhas contestáveis da arbitragem a favor do adversário.
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Diogo conseguiu chegar até a semifinal da categoria até 68 kg na última quinta-feira, mas, após empate nos três rounds e no golden score, os juízes decretaram vitória do iraniano Mohammad Bagheri Motamed. O brasileiro ironizou a decisão, dizendo que se a luta fosse em um filme americano ele teria vencido, mas o lutador protagoniza um filme brasileiro.
O atleta seguiu então para a disputa do bronze contra o americano Terrence Jennings, luta em que Diogo sofreu muito com as dores no pé esquerdo. Ao fim do terceiro round, quando o duelo estava empatado, o americano tentou um golpe no estouro do cronômetro e teve sua pontuação confirmada. O brasileiro reclamou da ilegalidade da tentativa, mas não houve como voltar atrás.
"Eu tenho quase certeza que o placar já estava zerado. Eu ainda vou ver a luta em câmera lenta, mas tenho total certeza que estava zerado. Quando o placar zera ao final do terceiro round, os pontos não podem ir para o Golden Score. Isso é uma regra. Os pontos não podem ser dados ao encerramento do placar que é do final do primeiro round para o segundo ou do final do segundo para o terceiro. Quando acaba o terceiro, acaba a luta", reclamou Diogo após a luta.
"Saí daqui como um dos melhores do mundo. Lutei contra os melhores do mundo, ganhei dos melhores do mundo. Eu não perdi nenhuma luta. Empatei as duas últimas lutas, não perdi nenhuma. Saio dos Jogos Olímpicos sem perder nenhuma luta e sem medalha. Isso que é complicado. Não perdi", disse o atleta bastante emocionado.
Para Natália Falavigna, a participação em Londres não foi além da primeira luta. A brasileira caiu para a sul-coreana Jong Lee In por 13 a 9 neste sábado pela categoria acima de 67 kg. No primeiro round, a asiática obteve a virada no placar com golpe na cabeça da brasileira quando o árbitro já havia indicado uma interrupção. Entretanto, a pontuação lhe foi conferida da mesma maneira.
Favigna, porém, evitou reclamar das decisões do juiz. "Parei de lutar porque o árbitro tinha parado. Na hora eles acharam que foi na hora do movimento, não sei o que foi, mas não me arrependo de nada. Arrumar desculpa para a minha derrota é coisa que não faço. Não tenho vergonha de nada, algumas vezes as coisas dão certo, e outras vezes não. Tenho a coragem de entrar, pisar ali e tentar o resultado", explicou a brasileira.
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