Diogo Silva retorna após oito anos e "bate na trave"; Falavigna cai
Ausente dos Jogos Olímpicos de Pequim, há quatro anos, Diogo Silva obteve a classificação para representar o Brasil em Londres. Baseado na experiência vivida em Atenas, em 2004, quando terminou na quarta posição, o representante brasileiro esperava subir no pódio no Reino Unido; contudo, assim como na Grécia, o atleta "bateu na trave" e acabou eliminado no combate que poderia garantir a primeira medalha masculina na modalidade.
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Mesmo afastado dos Jogos Olímpicos na China, Diogo Silva não encontrou grandes problemas em sua estreia londrina. O representante nacional começou a campanha em Londres contra Mohammad Abulibdeh, da Jordânia. Depois de sofrer no início do duelo, o brasileiro conseguiu o triunfo por 7 a 5 e a vaga para enfrentar o iraniano Mohammad Bagheri Motamed, um dos favoritos ao pódio, nas quartas de final.
Contra Motamed, Diogo protagonizou um dos grandes momentos do taekwondo nos Jogos de Londres. Em desvantagem por 5 a 1, o brasileiro acertou um chute giratório na cabeça do adversário, restando seis segundos para o final do duelo, e forçou o Golden Score. No desempate, entretanto, o iraniano venceu na decisão dos juízes e enviou o brasileiro para a repescagem.
Depois de viver um dos momentos inesquecíveis da modalidade ao igualar o marcador contra Motamed, Diogo conviveu com um dos mais polêmicos acontecimentos da modalidade na disputa pelo bronze. Com dores no pé esquerdo, o brasileiro sofreu um golpe no estouro do cronômetro e perdeu a medalha. Apesar da reclamação e revisão, a arbitragem confirmou a anotação e confirmou o revés do representante nacional.
Entre as mulheres, o sonho da medalha brasileiro acabou ainda no primeiro combate. Embora tenha convivido com lesões nos últimos anos, Natalia Falavigna chegou em Londres disposta a, no mínimo, repetir a campanha do bronze em Pequim. Entretanto, na estreia, uma sul-coreana impediu uma boa campanha da atleta nacional.
Derrotada para Jong Lee In por 13 a 9, em combate marcado também por uma confusa marcação da arbitragem contra a representante brasileira, Natalia dependia da classificação da adversária à decisão para sonhar com a medalha do bronze. Todavia, a participação da asiática terminou nas quartas de final para a francesa Anne-Caroline Graffe, medalhista de prata, por 7 a 4.
Enquanto o Brasil lamenta a participação de duas esperanças de medalha, outras nações têm grandes motivos a comemorar no taekwondo. Os vizinhos argentinos subiram pela primeira vez no lugar mais alto do pódio na modalidade, com Sebastián Crismanich na categoria até 80 kg. A vitória elevou o atleta a um status de "Maradona do taekwondo".
Por outro lado, Rohullah Nikpai, da mesma categoria que Diogo Silva, novamente levantou a bandeira do Afeganistão na cerimônia de premiação - foi o segundo bronze seguido da carreira, a segunda premiação da história do País em Olimpíada. Já o gabonês Anthony Obame se tornou um herói nacional: conquistou a prata na categoria acima de 80 kg e levará para o Gabão a primeira medalha em todas as edições dos Jogos.