EUA diminuem medalhas, mas batem China e voltam a liderar quadro
12 ago2012 - 14h44
(atualizado às 15h06)
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Superados pela China no número de medalhas de ouro conquistadas na Olimpíada de Pequim 2008, os Estados Unidos deram o troco em Londres 2012. Após uma disputa bastante acirrada durante toda a competição e seguida de perto pela imprensa americana, os ianques voltaram a deter a supremacia do evento, com 46 ouros, 29 pratas e 29 bronzes.
Líderes do quadro geral tanto em número de ouros quanto em número de medalhas, os EUA curiosamente diminuíram o total de pódios em relação a 2008 (104 contra 110). A evolução nos títulos, porém, de 36 para 46, serviu para superar a China.
Ao final, a nação mais populosa do planeta saiu do Reino Unido na segunda colocação, com 38 ouros, 27 pratas e 22 bronzes (87 medalhas no total). Em Pequim 2008, os índices haviam sido respectivamente de 51, 21 e 28 (100). Naquela ocasião, os anfitriões encerraram uma supremacia dos EUA que durava desde Barcelona 1992, quando o quadro geral foi liderado pela Comunidade de Estados Independentes (CEI), ex-União Soviética.
Modalidades consideradas mais nobres da Olimpíada, natação e atletismo abasteceram a vitória americana em Londres. Os nadadores do país conquistaram 31 medalhas, sendo 16 ouros. Já no atletismo foram 29 pódios, com nove títulos.
A China, por sua vez, teve sua força dividida em mais esportes: a melhor marca, com dez pódios, foi obtida nos saltos ornamentais (seis ouros) e na natação (cinco); a nação também faturou cinco ouros no levantamento de peso e no badminton.
EUA batem recorde de medalhas de ouro como anfitriões:
Apesar da queda no número total de medalhas em relação a Pequim, a quantidade de ouros dos Estados Unidos foi a terceira maior da história e um recorde em uma Olimpíada não realizada no próprio país. Como visitantes, os americanos haviam somado no máximo 45 títulos (Cidade do México 1968 e Paris 1924). Como mandantes, conseguiram 83 em Los Angeles 1984 e 78 em St. Louis 1904; em Los Angeles, a nação foi beneficiada pelo boicote da União Soviética, que não participou do evento em meio à Guerra Fria.
Neste domingo, dia do encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres, o recorde dos EUA foi assegurado graças a duas medalhas de ouro: uma com o Dream Team, que superou a Espanha na final do torneio masculino de basquete por 107 a 100; outra com Jacob Stephen Varner, campeão na categoria até 96 kg da luta livre, superando o ucraniano Valerii Andriitsev na decisão.
Logo aos 15 anos, Michael Fred Phelps, nascido em Baltimore, nos EUA, já espantava seu técnico, Bob Bowman, pelo resultados surpreendentes que conquistava nas piscinas. Sem saber o que lhe aguardava no futuro - atualmente considerado um dos maiores atletas de todos os tempos -, em 2000, alguns meses após completar os 15 anos, Phelps fazia parte da delegação americana que iria para as Olimpíadas de Sydney. Em sua estreia em Jogos Olímpicos, o nadador chegou em quinto lugar nos 200 m borboeta
Foto: Getty Images
Em 2001, no Mundial de Natação de Fukuoka, no Japão, o americano quebrava o recorde na prova que já era sua especialidade, os 200 m borboleta. Phelps tornou-se o mais novo nadador de todos os tempos a bater um recorde mundial de natação. À partir deste grande feito, o jovem americano começava a ter reconhecimento internacional
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Nos Jogos Olímpicos de Atenas, na Grécia, em 2004, Michael Phelps deixou o mundo chocado ao estabelecer novos recordes e subir oito vezes ao pódio - seis delas para pegar o ouro -, uma proeza só alcançada anteriormente pelo ginasta russo Alexander Dityatin, nos Jogos Olímpicos de Moscou, em 1980
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Neste ano, Michael Phelps começou a ser comparado com o compatriora e, na época, maior medalhista olímpico americano Mark Spitz, que ganhou sete medalhas de ouro nas Olimpíadas de 1972, realizados em Munique, na Alemanha
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4 anos mais tarde, nos Jogos de Pequim, em 2008, Michael Phelps estava confiante em ultrapassar o recorde de Mark Spitz
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Phelps foi o grande nome dos Jogos Olímpicos de Pequim. O americano conquistou oito medalhas de ouro em oito provas disputadas, o que o tornou o maior campeão olímpico da história dos Jogos. Por 36 anos imbatível, o recorde de Spitz, enfim, havia sido superado
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Neste ano, nas Olimpíadas de Londres, o nadador já tornou-se o atleta mais premiado com medalhas de ouro da história dos Jogos, com um total de 21 medalhas conquistadas - sete de ouro, duas de prata e duas de bronze
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No dia 31 de julho, após ganhar o 16º ouro ao vencer os 200 m medley, Michael Phelps parecia segurar as lágrimas de emoção por mais uma marca conquistada em uma carreira vitoriosa: ele se tornou o primeiro homem a vencer por três vezes seguidas a mesma prova na natação em Olimpíadas
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Em sua última prova individual antes da aposentadoria, nos 100 m borboleta nos Jogos, Michael Phelps conquistou mais um ouro. Em Londres, o americano já levou cinco medalhas: além dos 100 m borboleta, ele levou o ouro dos 200 m medley e do revezamento 4x200 livre, e ficou com a prata no revezamento 4x100 m livre e 200 m borboleta
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Apontado como o maior atleta da história dos Jogos Olímpicos, o nadador Michael Phelps se despediu do esporte profissional conquistando sua 22ª medalha. Neste sábado, o americano ajudou sua equipe a vencer o revezamento 4x100 m medley, garantindo seu 18° ouro
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Os americanos, que além de Phelps nadaram com Mattthew Grevers, Brendam Hansen e Nathan Adrian, venceram a prova com tempo de 3min29s35
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Após a conquista da 22ª medalha olímpica (sendo 18 de ouro), o americano Michael Phelps recebeu o troféu de "maior medalhista olímpico de todos os tempos"
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Detalhe do troféu de Phelps, "o maior atleta olímpico de todos os tempos"