Técnico do handebol ressalta "entrada" entre os grandes e projeta 2016
- Henrique Munhos
- Direto de Guarulhos
De coadjuvante no handebol, a equipe feminina do Brasil colheu bons resultados nos últimos anos e fez grandes jogos contra potências mundiais. Nas quartas de final do Mundial de 2011, derrota para a Espanha no último minuto. Já nos Jogos Olímpicos de Londres, também nas quartas, a eliminação para a Noruega, time que se tornaria campeão, depois de vencer o jogo por 52 minutos e ter aberto seis gols de vantagem no primeiro tempo. Nas duas competições foi o melhor desempenho do País na história. Para quem fez parte dessas campanhas, a Seleção evoluiu muito e hoje já é uma realidade.
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"Quando cheguei aqui, em 2009, o objetivo era poder enfrentar qualquer equipe do mundo em condições de igualdade. Acredito que essa Olimpíada foi uma prova disso. Mostramos que somos capazes e que temos um time competitivo. A final mostrou que chegamos próximos de uma medalha", disse o técnico Morten Soubak, que desembarcou no Aeroporto de Guarulhos na manhã desta segunda-feira.
O treinador se refere ao jogo entre Noruega e Montenegro, que decidiu a medalha de ouro dos Jogos. O Brasil venceu Montenegro na primeira fase do torneio e esteve muito próximo de superar as bicampeãs olímpicas e mundiais nas quartas de final.
"O handebol mudou muito nos últimos anos. Hoje, são oito equipes com condições de brigar por títulos. Entretanto, a Noruega sempre vence no fim. Precisamos pensar e aprender algo que eles estejam fazendo melhores que os outros. Sempre temos que evoluir. O trabalho para a próxima Olimpíada começa a partir de agora", declarou.
A presença de Soubak, na visão das jogadoras, foi fundamental para a entrada do Brasil no rol das grandes equipes do mundo. "Com certeza o nível da nossa equipe melhorou muito depois que ele chegou. Ele introduziu o modo europeu de jogar. Hoje, atuamos da mesma forma que os times que brigam pelos títulos dos grandes torneios. Isso sem perder nossa raça e nossa emoção, características tradicionais das brasileiras", afirmou a armadora Jaqueline Anastácio.
Jaqueline também destacou o aprendizado das jogadoras por atuar na Europa durante toda a temporada. Das 14 atletas convocadas para a Olimpíada, 13 jogam no continente. Apenas a ponta-direita Jéssica Quintino atua no Brasil - ela defende o Blumenau/Furb.