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Empresário cita "esportes ridículos" e quer videogame na Olimpíada

17 ago 2012 - 12h06
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Uma coluna publicada pela revista americana Forbes aponta para a possibilidade de o videogame se tornar um esporte olímpico a partir da Olimpíada de 2020. O texto ressalta que há um abaixo-assinado na internet com mais de 3.500 assinaturas oriundas de 100 países defendendo a entrada da nova modalidade e publica ainda uma entrevista com Daniel Grzelak, chefe-executivo da Gamer Institute, instituto educacional para jogadores virtuais.

A coluna na Forbes é assinada por John Gaudiosi, colaborador da revista que cobre o mundo dos videogames e da tecnologia há 20 anos. Ele titula a matéria citando dois conhecidos games de estratégia: "League of Legends e Star Craft II poderiam se tornar esportes olímpicos tão cedo quanto em 2020". Para embasar sua tese, Gaudiosi cita o abaixo-assinado online chamado de "Torch for Gaming" e também Grzelak, o chefe-executivo da Gamer Institute, uma plataforma educacional que recruta jogadores virtuais profissionais para oferecer treinamento e assistência às pessoas que querem evoluir no mundo dos videogames.

Gaudiosi acredita que League of Legends e Star Craft II possam realmente passar a integrar o calendário olímpico em breve. Ele afirma que constantemente combate a ideia de que os jogadores de videogame são competidores menos credenciados por serem "preguiçosos".

Cobrando mais reconhecimento para esse tipo de esportistas, o empresário aponta ainda que durante a Olimpíada de Londres o público constantemente brincou com alguns esportes que para ele não deveriam pertencer ao evento como hipismo e nado sincronizado. Gaudiosi aponta que o videogame tem "vantagens significativas" em comparação a essas modalidades olímpicas e que a comunidade dos jogadores virtuais percebeu que poderia fazer alguma coisa nesse sentido.

No videogame, conforme cita Gaudiosi, todo mundo pode competir, "não importa raça, idade ou sexo" em um grupo que inclui "até pessoas com uma variedade de deficiências". Ele lembra que apenas League of Legends registra mais de 1,3 bilhão de horas jogadas por mês ao redor do mundo e que a indústria do mercado de games foi avaliada em US$ 65 bilhões (R$ 131 bilhões) em 2011.

Conforme lembra o empresário, para a Olimpíada do Rio de Janeiro 2016 o Comitê Olímpico Internacional (COI) já aprovou a inclusão do rúgbi e do golfe. Para cumprir o objetivo de ver o videogame valendo medalhas nos Jogos de 2020, cuja sede ainda não está definida, ele ressalta que é necessário haver uma federação internacional para governar a modalidade. Muitas indústrias, de acordo com ele, já estão em campanha para que isso aconteça.

Depois, os índices de participação do esporte deveriam cumprir os requerimentos do COI. O último passo nessa caminhada seria convencer a Comissão Olímpica de Programa do COI a recomendar a inclusão do videogame no calendário.

Fãs observam apresentação de League of Legends na Gamescom de 2012, em Colônia, na Alemanha
Fãs observam apresentação de League of Legends na Gamescom de 2012, em Colônia, na Alemanha
Foto: Getty Images
Fonte: Terra
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