Guadalajara mostra atrasos em complexos esportivos a dias do início do Pan
27 set2011 - 16h48
(atualizado às 17h47)
Compartilhar
César Juárez Caudillo
Direto de Guadalajara
A poucos dias do início dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, alguns complexos esportivos ainda não estão prontos. O atraso nas obras é real e foi confirmado por Carlos Miranda, administrador do Complexo Esportivo Revolución.
Miranda mencionou ao Terra que uma data extraoficial foi prevista para que os complexos estejam prontos: 30 de setembro. Ele também disse que em 10 de outubro, a quatro dias da inauguração dos Jogos, serão montadas, no Complexo Esportivo Revolucíón, os símbolos oficiais do Pan-Americano.
"Extraoficialmente devem ficar prontas em 30 de setembro, mas há algumas coisas que vão atrasar. No dia 4 chegam os atletas para treinar, portanto, as coisas tem de estar prontas", disse.
"Temos que montar a área de logística e treinamentos. No dia 10 de outubro já se deve montar a parte oficial dos Jogos, mas seguimos com atrasos, está atrasado o tênis e a pelota basca. O ginásio de usos múltiplos está 70% pronto, assim como o de hóquei", contou.
O Terra teve acesso ao Complexo Esportivo Revolución, lugar onde se encontram várias das sedes do Pan, como o Estádio Pan-Americano de Hóquei, o Patinódromo Pan-Americano e o Ginásio de Múltiplos Usos, e pôde constatar que ainda falta muito para os locais ficarem ideais para o uso dos atletas.
O local que mais chama a atenção é o Complexo Pan-Americano de pelota basca, que ainda não tem nem piso acabado. Outro complexo que ainda precisa de trabalho é o Ginásio de Múltiplos Usos, onde serão disputados badminton e esgrima. O Estádio de hóquei também apresenta atrasos, mas pelo menos o gramado já foi colocado.
Assim, em menos de duas semanas estas sedes devem estar prontas. As autoridades confiam que assim seja, embora as instalações digam o contrário.
Pan 2011 no Terra
O Terra transmitirá simultaneamente até 13 eventos, ao vivo e em HD, dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara via web, tablets e celular.
Com uma equipe com mais de 220 profissionais, a maior empresa de Internet da América Latina fará a mais completa cobertura da competição que será realizada de 14 a 30 de outubro, trazendo, direto do México, a preparação de atletas, detalhes da organização e toda a competição, com conteúdo em texto, fotos, vídeos, infográficos e muita interatividade.
Nos Jogos Pan-Americanos, a rivalidade e a intensidade das disputas pode ser tão grande que o público brasileiro já se decepcionou várias vezes com aqueles atletas que depositavam maior confiança em bons resultados. No caminho dos esportistas do Brasil, muitos algozes. Verdadeiros carrascos. É o caso da seleção feminina de basquete dos Estados Unidos, que venceu as brasileiras em pleno Rio de Janeiro, em 2007
Foto: Getty Images
Velejando nas águas cariocas, Robert Scheidt, maior nome da modalidade no Brasil, acabou decepcionando com sua prata no Pan do Rio. O algoz do velejador da classe Laser foi o americano Andrew Campbell
Foto: Getty Images
A última década é a mais vitoriosa da história do vôlei masculino brasileiro. Talvez, o "start" para a grande fase dos comandados de Bernardinho tenha começado o Pan de 2003, em Santo Domingo, quando os venezuelanos foram os algozes brasileiros
Foto: Fernando Borges / Terra
Para tornar-se o maior nome do handebol nacional, Bruno Souza, bicampeão do Pan com o Brasil (em 2003, em Santo Domingo, e em 2007, no Rio) precisou de um baque nos Jogos de Winnipeg, em 1999. Naquele ano, a Seleção perdeu a final para os carrascos cubanos, em uma partida das mais disputadas e memoráveis da história da modalidade
Foto: Getty Images
O Pan do Rio - muito pela presença massiva da torcida do Brasil - foi uma das edições que mais proporcionou decepções ao torcedor brasileiro. No vôlei, as meninas do técnico José Roberto Guimarães acabaram derrotadas de forma emblemática para Cuba na final da competição
Foto: Getty Images
Desde a categoria júnior, o triplista Jadel Gregório despontou como uma das esperanças do Brasil no atletismo. O Pan de 2003 seria a chance de confirmar seu nome entre os grandes do esporte, porém o atleta não contava com o algoz Yoandry Betanzo, de Cuba, e ficou sem o ouro
Foto: Getty Images
O Taekwondo cresceu muito no Brasil e uma das responsáveis pelo feito, Natália Falavigna, teve a chance de conquistar uma medalha de ouro no Rio, em 2007, diante da sua torcida. Porém, como carrasco, a brasileira encontrou a mexicana Maria del Rosario Espinoza
Foto: Getty Images
Com um bronze olímpico conquistado em 2004, em Atenas, Leandro Guilheiro criou expectativa de ouro para o Brasil ao entrar no tatame do Pan de 2007, no Rio. Porém, o judoca acabou surpreendido e a primeira colocação parou nas mãos de Ryan Reser, dos Estados Unidos
Foto: Getty Images
O "carrasco" Yarveris Savigne, de Cuba, impediu que a jovem brasileira Keila Costa pudesse conquistar a medalha de ouro no salto triplo do Pan do Rio de Janeiro, em 2007
Foto: Getty Images
Também no Pan do Rio, em 2007, o time de futebol masculino do Brasil era dado como certo no lugar mais alto do pódio. Porém, os algozes equatorianos fizeram com que a Seleção sequer disputasse a final da competição