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Jogos Panamericanos 2011

Melhor amigo de fisioterapeutas, triatleta luta contra tempo até Londres

26 set 2011 - 10h43
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Vagner Magalhães
Direto de San Luis Potosí (México)

O triatleta brasileiro Juraci Moreira, 32 anos, subiu ao Pódio no Pan-Americano de 2007, no Rio de Janeiro, para receber a medalha de bronze da prova. No currículo, as Olimpíadas de Sydney (2000), Atenas (2004) e Pequim (2008). No braço esquerdo, um lugar reservado para tatuar o logotipo dos Jogos Olímpicos de Londres, no ano que vem, assim como fez nas edições anteriores em que participou. Apesar de integrar a equipe que treina para o Pan de Guadalajara, ele não disputará a prova. Uma série de contusões que o atormenta desde o ano passado impediu que ele conseguisse vaga. A luta, a partir de agora, é contra o relógio e o índice para Londres.

"Eu brinco com os fisioterapeutas que eu preferia ver eles em outras ocasiões, porque eu sou o melhor amigo deles. Estou sempre em tratamento, sábado, domingo... Todos os dias da semana eu passo quase duas horas sob os cuidados deles", diz.

O esforço repetitivo de 15 anos de treinos para nadar 1,5 km, pedalar 40 km e correr outros 10 km faz com que o atleta apresente uma lista extensa e dolorida de contusões. "Eu já venho levando essas lesões há alguns anos. Eu tenho nos dois tendões de Aquiles uma tendinose crônica que me atrapalha bastante. Tive um problema no joelho há três meses. Tenho uma outra lesão crônica na coxa. E isso ao longo do tempo vai te prejudicando muito. Então eu tive de parar no ano passado para tratar e poder voltar neste ano".

Essa parada médica foi a responsável direta pra que ele perdesse a chance de competir em Guadalajara. "Estou voltando para as competições fortes e isso fez com que eu ficasse um pouco atrasado. Tanto para a classificação do Pan, que eu acabei perdendo, como para a classificação olímpica para 2012. Estou bem atrasado na classificação, mas ainda há tempo. Por isso eu estou me dedicando, praticamente morando em Portugal, lá no centro de treinamento que o Brasil tem o projeto (de triatlo), para tentar essa classificação para a quarta Olimpíada", diz.

A luta contra a dor é encarada com naturalidade por ele, ainda que o incomode. "Não é legal. Eu não gosto de estar machucado, de estar sentindo dor, tendo de tratar, mas, por outro lado, estou feliz por estar podendo tratar e esse tratamento está fazendo com que eu possa continuar no triatlo. É um preço que a gente tem de pagar. Estou tentando prolongar a minha carreira o máximo possível, para chegar a uma quarta Olimpíada, quem sabe uma quinta Olimpíada no Rio 2016. Mas, para isso, vou ter de passar muitas e muitas horas com os fisioterapeutas"

Com a experiência acumulada, ele acredita que o Brasil tem chances reais de disputar uma medalha em Guadalajara, tanto no masculino, como no feminino. "Eu conheço os atletas dos EUA e do Canadá que vão estar competindo aqui, que são os favoritos, mas tanto o Reinaldo (Colucci), como o Diogo (Sclebin), e o Bruno (Matheus) já competiram com esses atletas, já ganharam deles. Então a gente está em uma disputa de igual para igual, praticamente. Vamos pegar muito calor no dia da prova, muita umidade, e isso ajuda os brasileiros", afirma.

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Fonte: Terra
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