A preparação brasileira para os Jogos Pan-Americanos já começa a ser administrada. Nesta quarta-feira, cinco intregrantes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) embarcam para Guadalajara com o objetivo de deixar os apartamentos e escritórios na vila prontos para a chegada dos atletas brasileiros.
"Esta será a maior delegação brasileira para um evento esportivo fora do Brasil. Portanto, temos muito a fazer para deixar a Vila Pan-americana pronta para nossos atletas", disse o chefe da missão brasileira, Bernard Rajzman.
A abertura oficial da Vila Pan-Americana está marcada para o dia 4 de outubro. Até lá, os primeiros integrantes da delegação brasileira receberão as chaves dos apartamentos reservados para o Brasil e todo o material enviado para o trabalho de suporte (equipamento médico, fisioterápico, de escritório, entre outros).
"Chegou a hora e estamos totalmente preparados para este grande desafio", afirmou Bernard.
Nos Jogos Pan-Americanos, a rivalidade e a intensidade das disputas pode ser tão grande que o público brasileiro já se decepcionou várias vezes com aqueles atletas que depositavam maior confiança em bons resultados. No caminho dos esportistas do Brasil, muitos algozes. Verdadeiros carrascos. É o caso da seleção feminina de basquete dos Estados Unidos, que venceu as brasileiras em pleno Rio de Janeiro, em 2007
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Velejando nas águas cariocas, Robert Scheidt, maior nome da modalidade no Brasil, acabou decepcionando com sua prata no Pan do Rio. O algoz do velejador da classe Laser foi o americano Andrew Campbell
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A última década é a mais vitoriosa da história do vôlei masculino brasileiro. Talvez, o "start" para a grande fase dos comandados de Bernardinho tenha começado o Pan de 2003, em Santo Domingo, quando os venezuelanos foram os algozes brasileiros
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Para tornar-se o maior nome do handebol nacional, Bruno Souza, bicampeão do Pan com o Brasil (em 2003, em Santo Domingo, e em 2007, no Rio) precisou de um baque nos Jogos de Winnipeg, em 1999. Naquele ano, a Seleção perdeu a final para os carrascos cubanos, em uma partida das mais disputadas e memoráveis da história da modalidade
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O Pan do Rio - muito pela presença massiva da torcida do Brasil - foi uma das edições que mais proporcionou decepções ao torcedor brasileiro. No vôlei, as meninas do técnico José Roberto Guimarães acabaram derrotadas de forma emblemática para Cuba na final da competição
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Desde a categoria júnior, o triplista Jadel Gregório despontou como uma das esperanças do Brasil no atletismo. O Pan de 2003 seria a chance de confirmar seu nome entre os grandes do esporte, porém o atleta não contava com o algoz Yoandry Betanzo, de Cuba, e ficou sem o ouro
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O Taekwondo cresceu muito no Brasil e uma das responsáveis pelo feito, Natália Falavigna, teve a chance de conquistar uma medalha de ouro no Rio, em 2007, diante da sua torcida. Porém, como carrasco, a brasileira encontrou a mexicana Maria del Rosario Espinoza
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Com um bronze olímpico conquistado em 2004, em Atenas, Leandro Guilheiro criou expectativa de ouro para o Brasil ao entrar no tatame do Pan de 2007, no Rio. Porém, o judoca acabou surpreendido e a primeira colocação parou nas mãos de Ryan Reser, dos Estados Unidos
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O "carrasco" Yarveris Savigne, de Cuba, impediu que a jovem brasileira Keila Costa pudesse conquistar a medalha de ouro no salto triplo do Pan do Rio de Janeiro, em 2007
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Também no Pan do Rio, em 2007, o time de futebol masculino do Brasil era dado como certo no lugar mais alto do pódio. Porém, os algozes equatorianos fizeram com que a Seleção sequer disputasse a final da competição