Promessa do salto triplo quase parou no handebol: "ajudou"
A princípio você pode achar que handebol não tem nada a ver com salto triplo. Mas, se prestar muita atenção, verá que uma modalidade utiliza um fundamento necessário para um bom desempenho na outra. Nubia Soares, 19 anos, descobriu isso na prática, quando foi obrigada a abandonar o esporte coletivo e tentar a sorte no atletismo.
Apenas 11ª colocada nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, Nubia Soares praticou handebol dos 11 aos 15 anos e tinha como esperança se profissionalizar na modalidade, mas forças do destino a fizeram abandonar o esporte e partir para um novo desafio.
“Eu jogava handebol, e quase vim para São Paulo para tentar uma carreira no esporte. A ideia era, sim, ser uma atleta profissional de handebol, pelo menos até os 15 anos. Acontece que o time em que jogava acabou. Erámos bem fortes, mas cada uma foi para um lado e o time se desestruturou”, contou ao Terra.
Na época, morando em Lagoa da Prata, Nubia admite que nem passou por sua cabeça procurar outro clube na pequena cidade mineira e, incentivada por amigos e técnicos, já foi experimentar uma nova modalidade. “Para ser sincera, nem pensei em procurar outro time. Fui direto para o atletismo. Sempre ficavam falando para eu tentar: ‘ah, não custa nada’, e no primeiro teste já saltei longe e fiquei”, disse.
Apesar de parecer uma loucura trocar um esporte por outro, Nubia diz que, na verdade, até foi uma transição tranquila, já que os fundamentos são praticamente os mesmos. Nos dois, o salto é fundamental, e as regras são “as mesmas”. No handebol, você só pode caminhar com a bola, sem quicá-la no chão, em três passadas. No salto triplo, como já diz o próprio nome, são as mesmas três passadas antes de realizar o pulo. “Sem dúvida me ajudou muito no salto triplo, porque as três passadas são similares. Já entrei com isso na cabeça. Para saltar o triplo é difícil aprender, mas já entrei, praticamente, sabendo”, comparou Nubia.
Ela ainda sente falta do handebol e pede mais apoio ao esporte que escolheu seguir carreira. “Sinto falta até hoje. Quando vou para minha cidade brinco com as meninas, mas só nas férias, quando estou em temporada não dá”, falou, antes de completar. “Acho que falta muito incentivo ao atletismo de todos os meios. Temos atletas bons, mas não se compara ao incentivo de países de primeiro mundo”, completou.
| Ranking Geral | País | Ouro | Prata | Bronze | TOTAL |
|---|---|---|---|---|---|
| 1 | Estados Unidos | 69 | 59 | 55 | 183 |
| 2 | Canadá | 59 | 53 | 48 | 160 |
| 3 | Brasil | 32 | 32 | 46 | 110 |
| 4 | Colômbia | 25 | 8 | 26 | 59 |
| 5 | Cuba | 24 | 19 | 30 | 73 |
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