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Jogos Pan-Americanos

COB explica provável queda em medalhas e releva meta

Em balanço realizado em Toronto, entidade comemora terceiro lugar no quadro geral de medalhas e releva queda por "delegação jovem"

24 jul 2015 - 14h56
(atualizado às 22h53)
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O Comitê Olímpico do Brasil (COB) realizou, nesta sexta-feira, uma coletiva para oferecer avaliações sobre o desempenho nacional nos Jogos Pan-Americanos de 2015. Em meio a perguntas sobre o suposto assédio envolvendo um membro da delegação brasileira de polo aquático, a entidade que regula os esportes além do futebol disse se mostrar satisfeita com o resultado alcançado e tentou justificar o número de medalhas.

Participaram do evento Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, Marcus Vinícius Freire, superintendente executivo, Bernard Rajzman, chefe de missão em Toronto, e o general Augusto Heleno, diretor de comunicação da entidade. No balanço, inicialmente Marcus Vinícius disse que o País ficou dentro da meta para o Pan, mas em outra resposta admitiu que o objetivo estipulado pela entidade não foi alcançado. Uma das justificativas para a queda de medalhas foi a juventude dos atletas no Pan.

Marcus Vinícius Freire, superintendente do COB, primeiro disse que Brasil está na meta, mas depois tentou se explicar por ficar fora de objetivo
Marcus Vinícius Freire, superintendente do COB, primeiro disse que Brasil está na meta, mas depois tentou se explicar por ficar fora de objetivo
Foto: Eduardo Palacio / Terra

“Não ficamos abaixo do esperado, nossa meta é ficar no top 3, essa é nossa meta. Em relação ao total de medalhas, elas cada vez mais se diluem mais. Nós trouxemos uma delegação mista, 70% dos nossos atletas vieram pela primeira vez ao Pan. Estamos dentro da meta neste momento, esperar mais dois dias para confirmar a posição”, disse primeiramente Marcus Vinícius Freire.

Perguntado novamente sobre o assunto, contudo, o superintendente mudou o diálogo. “Meta se não alcança é só explicar o que aconteceu. Você tem uma meta e ela tem que ser factível, mas não pode ser simples. A meta traçada foi de alcançar medalhas, apesar de ter uma delegação com 70% de jovens. Apesar de não precisar alcançar a classificação, exceto o hóquei na grama. Apesar de outros times virem em busca de vaga olímpica. Pode não bater a meta também no Rio, e vamos explicar. A meta tem que ser factível, mas se não alcançada simplesmente explicamos”, afirmou.

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A entidade trabalha com dois tipos de metas: a posição geral no quadro de medalhas e o número conquistado. Por um lado, a entidade se mostra satisfeita com o quase garantido terceiro lugar geral, objetivo desde o início. Por outro, a meta de alcançar ao menos as 141 medalhas obtidas em Guadalajara não deve ocorrer – em entrevista ao Terra antes dos jogos, a possibilidade já era ventilada. Atualmente, a dois dias do encerramento do Pan de Toronto, o Brasil soma 20 medalhas a menos que há quatro anos, sendo 14 de ouro a menos.

No Canadá, o Brasil contou com alguns desfalques experientes, como Cesar Cielo, Poliana Okimoto, a Seleção masculina de vôlei, parte da seleção feminina da mesma modalidade e os principais nomes do vôlei de praia. Vale lembrar que os quadros de medalhas são ranqueados a partir primeiramente do número total de medalhas de ouro, o que desagrada Nuzman.

 “Apresentamos como metas anteriores e já podemos cumprir o número de atletas no quadro de medalhas, lutarmos pelo terceiro lugar no número total de medalhas. Gostaria de lembrar que nós defendemos o número total de medalhas e muito respeito ao atleta que conquista a medalha de prata ou de bronze. Se formos olhar o quadro de medalhas, a Guatemala tem seis medalhas de ouro e nove no total e está à frente de vários países que têm muito mais medalhas. Acho que Guatemala melhorou, mas não poderia estar à frente de países como Venezuela, que tem uma diversidade maior de modalidades”, citou o presidente.

Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, considerou satisfatória campanha no Pan
Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, considerou satisfatória campanha no Pan
Foto: Terra

O COB ainda reiterou que espera o resultado de domingo para confirmar o número e a posição do Brasil no quadro de medalhas – a tradicional coletiva de balanço foi realizada nesta sexta por causa de viagens para reunião do Comitê Olímpico Internacional (COI) em Kuala Lumpur. Mas, a pouco mais de um ano do Rio 2016, a entidade se mostra “muito satisfeita”. 

Ranking Geral País Ouro Prata Bronze TOTAL
1 Estados Unidos 92 73 74 239
2 Canadá 72 63 60 195
3 Brasil 35 34 55 124
4 Cuba 31 23 33 87
5 Colômbia 26 13 30 69
Veja o quadro completo aqui
Fonte: Terra
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