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Jornal: Fina se apressa e deixa "brechas" para defesa de Cielo

18 jul 2011 - 08h21
(atualizado às 08h23)
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A decisão da Fina (Federação Internacional de Natação) de agilizar o julgamento do caso de doping de Cesar Cielo para uma data antes das provas da modalidade no Mundial de Esportes Aquáticos, que está sendo realizado na China, acabou ajudando a defesa do nadador brasileiro. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, esta encontrou brechas legais no pedido de apelação enviado pela entidade à CAS (Corte Arbitral do Esporte).

Segundo informações do diário, a defesa de Cielo, liderada pelo advogado americano Howard Jacobs, tentará provar que a advertência imposta ao campeão mundial e olímpico segue as regras da Agência Mundial Antidoping (Wada), que, em 2009, mudou seu regulamento e passou a relativizar punições conforme a circunstância de cada incidente.

Entenda o caso

O velocista Cesar Cielo teve resultado adverso para a substância proibida furosemida em um exame antidoping feito no Troféu Maria Lenk, realizado em maio, no Rio de Janeiro. Além dele, campeão olímpico e mundial, outros três nadadores brasileiros também foram flagrados: Nicholas Santos, Vinícius Waked e Henrique Barbosa.

De acordo com nota da CBDA, divulgada em 1º de julho, os envolvidos declinaram do direito de realização da amostra B e definiram com precisão como o diurético entrou no organismo, o que comprovou que não houve aumento dos seus desempenhos, fato que não ocorreu nesta competição. Desta forma, a entidade optou apenas por uma advertência aos quatro atletas uma vez que não foi identificada culpa ou negligência por parte deles no episódio. O próprio Cielo, em nota oficial divulgada posteriormente, disse que "em nenhum momento fui imprudente ou negligente ou usei de imperícia".

A situação dos atletas, no entanto, ainda não está totalmente definida. Já que a Fina (Federação Internacional de Natação) resolveu recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS) para tomar uma decisão se os quatro devem ou não ser punidos pelo uso da substância, seguindo as regras das leis antidoping da Fina. Os nadadores serão ouvidos a partir do dia 20 de julho, em Xangai, na China. Em seguida, o tribunal irá analisar os depoimentos e as provas para anunciar no dia 22 se haverá punições pelo antidoping positivo.

Dos quatro flagrados no exame, apenas Henrique Barbosa não faz parte do P.R.O 2016 (Projeto Rumo ao Ouro), idealizado por Cielo com vistas a Olimpíada do Rio de Janeiro. O nadador é também um dos destaques do Flamengo. No Troféu Maria Lenk, competição na qual os atletas foram flagrados, Cielo foi surpreendido pelo compatriota Bruno Fratus na prova dos 100 m nado livre, uma de suas especialidades, ficando em segundo. No entanto, levou ouro nos 50 m livre, 50 m borboleta e nos revezamentos 4x50 m livre, 4x100 m livre e revezamento 4x100 m medley. Todos os resultados dele e dos outros nadadores flagrados na competição foram cancelados.

Menos conhecido entre os quatro nadadores, Waked, 23 anos, já havia sido suspenso por dois meses ainda neste ano por uso da substância isometepteno. Na época, ele se defendeu alegando que utilizou um remédio para dor de cabeça.

Nadador brasileiro será julgado antes de estrear no Mundial na China
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Foto: Eladio Machado / Terra
Fonte: Terra
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