Dirigentes do judô brasileiro destacam clínicas de Yuko Nakano no Rio

12 nov 2012 - 21h51

(atualizado às 22h35)

Aproximadamente 120 atletas entre alunos e professores participaram das clínicas de treinamento nas sedes da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), no Rio de Janeiro, com a professora japonesa Yuko Nakano. Para o coordenador técnico internacional da CBJ, Ney Wilson, este primeiro contato de Yuko com os judocas foi muito importante, já que um dos projetos da confederação para 2013 é contar com a japonesa no quadro técnico.

"Nesse primeiro momento ela veio passar um mês no Brasil e estou procurando levá-la para conhecer a realidade do judô brasileiro, em termos de estrutura e do nível dos atletas em um dos grandes centros do judô brasileiro que é o Rio de Janeiro. Quanto mais dados ela coletar, maior a chance de poder somar ao nosso trabalho. Por isso eu a levei para conhecer alguns clubes", explicou Wilson.

"Ela já foi ao Flamengo, na Gama Filho, na próxima segunda-feira vai ao Instituto Reação, veio aqui no CT conhecer essa realidade. Depois, a partir do raio-x dessa estrutura, e de informações que nós damos e de outras que ela visualiza na prática, a Yuko vai poder elaborar um planejamento de trabalho daquilo que a gente não faz na comissão técnica. Então, além disso tudo, ela ainda está conhecendo o trabalho da comissão técnica", completou o coordenador técnico.

Presidente da federação carioca, Francisco Grosso ressaltou a positividade destes treinamentos não só para o Rio de Janeiro, mas para o Brasil.

"Em primeiro lugar, é importante reforçar essa tradição do judô brasileiro com japonês, eles têm muita afinidade. Então, essa oportunidade da CBJ, através dos professores Paulo Wanderley e Ney Wilson, em trazer uma técnica japonesa, que vem trocar informação, é ótima para nós que estamos sempre dispostos a aprender. O judô ensina isso, a gente nunca sabe tudo, estamos sempre tentando melhorar, aprender e aperfeiçoar. E isso encaixou perfeitamente com o módulo, já que uma clínica técnica nada mais é do que uma oportunidade para aperfeiçoar as técnicas aprendidas. E isso só tem a somar ao judô do Estado do Rio de janeiro e, consequentemente, do Brasil", disse.

Gerente da Seleção olímpica, Amadeu Moura, destaca que a vinda de Yuko ao país ajudará o desenvolvimento dos atletas, principalmente os de alto rendimento.

"Ela executa as técnicas tão bem quanto explica, além de ser muito simples. A língua, que poderia ser uma barreira, está sendo superada pela dedicação dela aliada à linguagem corporal. Os atletas de uma maneira geral foram muito receptivos, inclusive os da Seleção Brasileira, então temos muito a aprender com ela", afirmou Amadeu que confidenciou que Yuko já iniciou as aulas de língua portuguesa na CBJ.