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Justiça determina prisão preventiva de suspeitos em caso de venda ilegal de ingressos

10 jul 2014 - 17h23
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A Justiça do Rio de Janeiro determinou prisão preventiva de 11 suspeitos de envolvimento em um caso de venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo, incluindo um executivo da Match, empresa ligada à Fifa, informou a polícia nesta quinta-feira.

Executivo da Match Ray Whelan (E) chega à polícia suspeito de envolvimento em venda ilegal de ingressos para a Copa. 7/7/2014
Executivo da Match Ray Whelan (E) chega à polícia suspeito de envolvimento em venda ilegal de ingressos para a Copa. 7/7/2014
Foto: Stringer / Reuters

"A Justiça concedeu 11 mandados de prisão preventiva para acusado de esquema de cambismo. Entre os mandados está o do diretor da Match, Raymond Whelan", disse a Polícia Civil em comunicado por email.

Investigações policiais nas últimas semanas apontaram para um esquema de vendas ilegais de ingressos para partidas do Mundial, que levaram à prisão, em 1º de julho, de 11 acusados de integrarem uma quadrilha de atuação internacional.

No último dia 7, a polícia prendeu também o inglês Raymond Whelan, executivo da Match Services, a principal fornecedora de pacotes de viagem para o Mundial, que pagou 240 milhões de dólares pela exclusividade dos direitos de venda de pacotes corporativos de hospitalidade para as Copas de 2010 e de 2014, e tem contrato vigente até 2022.

Logo após sua prisão na segunda-feira, Whelan recebeu liberdade provisória da Justiça e foi libertado após pagar fiança.

Segundo a polícia, os outros suspeitos já estavam cumprindo prisão temporária.

O grupo, que seria liderado pelo franco-argelino Fofana Lamine, esperava faturar cerca de 200 milhões de reais com a venda e revenda de ingressos no Mundial do Brasil, de acordo com as autoridades

Fofana tinha trânsito livre em eventos da Fifa e conseguia ingressos junto à Match, para revendê-los por valores bem acima dos preços fixados pela entidade, segundo a polícia.

Mais cedo nesta quinta-feira, o Ministério Público do Rio de Janeiro informou que pretendia oferecer à Justiça o "mais rápido possível" a denúncia contra os suspeitos de venda ilegal de ingresso na Copa do Mundo, segundo o promotor responsável Marcos Kac.

(Reportagem de Sérgio Spagnuolo)

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