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Acabou! Contrato de Jobson com o Botafogo chega ao fim, de fato

24 jun 2015 - 07h14
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No dia 25 de junho de 2010, o atacante Jobson assinava um contrato de cinco anos com o Botafogo, mesmo depois da polêmica do doping por uso de crack durante o Campeonato Brasileiro de 2009, quando estava emprestado ao clube carioca pelo Brasiliense, que recebeu aproximadamente R$ 3 milhões pela negociação em definitivo. Ali recomeçava uma história recheada de idas e vindas, com diversas polêmicas no meio. E nesta quarta-feira, dia 24 de junho de 2015, o vínculo entre as partes se encerra, de fato.

 Bill e Jobson
Bill e Jobson
Foto: Cleber Mendes / LANCE!Press

De fato porque o vínculo entre Jobson e o Glorioso foi considerado inválido pela Fifa assim que o atacante recebeu, da entidade máxima do futebol, uma suspensão de quatro anos do futebol, por ter supostamente se recusado a fazer um exame antidoping enquanto defendia o Al-Ittihad, da Arábia Saudita. Porém, caso o jogador fosse absolvido até esta quarta-feira, o vínculo seria refeito.

Internamente, existe o interesse em renovar com o jogador em caso de absolvição, mas com um contrato de produtividade e cláusulas que rescindiriam o vínculo em caso de novas suspensões ou deslizes. Porém, a Fifa só deve dar uma resposta em relação ao recurso impetrado pelos advogados do atleta em setembro ou até mesmo outubro. Se demorar tanto assim, existe a possibilidade do Glorioso desistir da manutenção do jogador para a temporada 2016. Atualmente, ele está proibido de treinar no clube e mantém a forma física em Conceição do Araguaia, sua cidade natal, no Pará.

Antes da suspensão, em abril, Jobson já havia chegado a um acordo salarial para um novo vínculo - prontamente cancelado após a punição da Fifa. Agora, o clube de General Severiano ajuda nas despesas com o processo em troca do pagamento de uma dívida contraída pela gestão de Mauricio Assumpção, de aproximadamente R$ 170 mil.

Nestes anos entre idas e vindas do Botafogo, Jobson passou por clubes como Atlético-MG, Bahia, Barueri, São Caetano e o Al-Ittihad. Neles, teve brilhos esporádicos, mas não deixou de polemizar. Além da recusa a fazer o exame antidoping na Arábia, ele foi dispensado do clube baiano por indisciplina - René Simões era o técnico na época -, e no São Caetano foi detido duas vezes: uma acusado de agredir a esposa dele na época e a outra por desacato a policiais que o pararam numa blitz.

No ano passado, quando treinava em separado após a rescisão com o clube árabe, o retorno de Jobson foi solicitado pelo então técnico Vagner Mancini, que estava desesperado atrás de uma solução para o time, que viria a cair no fim do Brasileirão. A passagem foi um horror e ele foi muito criticado pela torcida após perder um pênalti contra o Figueirense, rival direto contra a queda. Depois do lance, Jobson e Mancini discutiram asperamente no vestiário.

Após o retorno desastroso, era esperado que Jobson fosse liberado para procurar outro clube, mas o técnico René Simões, que havia tido problemas com o jogador na passagem pelo Bahia, viu o empenho e a dedicação do atacante durante a pré-temporada e resolver dar novas oportunidades a ele. Jobson aproveitou e foi um dos destaques do time na Taça Guanabara, até a nova suspensão da Fifa.

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