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Academia L!: 'Liberar a cerveja sem pensar em segurança é irresponsável'

9 out 2015 - 09h11
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O problema tem um histórico. Em 2003, o Estatudo do Torcedor proibia a venda de bebida alcoólica, embora a proibição fosse um tanto quanto dúbia. A partir de 2008, houve a criação de uma resolução, ou seja, uma recomendação, por parte do Conselho Nacional dos Procuradores de Justiça, para que a bebida fosse tirada dos estádios.

Depois dessa resolução, alguns estados fizeram pesquisas para comparar a violência antes e depois da venda de cerveja. Pernambuco constatou uma queda de 63% nos índices de violência nos estádios, segundo dados do Ministério Público. Já São Paulo falou em uma queda de 57%, conforme apurado pela Polícia Militar. Por fim, Minas Gerais concluiu que a violência diminuiu em 45%, após apuração da Polícia Civil.

Foram sinais importantes, mas nem todos os estados fizeram. É a bebida alcóolica como potencialização da violência.

A partir da realização da Copa América e Copa do Mundo, por lobby das empresas do produto, com a Budweiser, a partir do ano passado, houve uma pressão maior para liberar o álcool. A Bahia foi a primeira. São Paulo resistiu. Desde o ano pasasdo, há esse lobby.

A violência no futebol, é claro, não podemos atribuir exclusivamente à cerveja, seria reducionismo barato e inconsistente. Mas não adianta tampar o sol com a peneira e achar que não potencializa a violência. Pesquisas socias, a área médica, indicam que o álcool reduz a autocrítica, reduz o controle e isso facilita a ultrapassagem dos limites, o que aumenta a chance de agressividade e violência.

Sem um plano de segurança adquado, sobre qual o raio de liberação, sem um controle adquado, liberar é, no mínimo, irresponsável. Seria um retrocesso.

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