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Ainda sem entender demissão, Guerrinha lamenta: 'Nunca tinha visto algo desse tipo'

19 out 2015 - 07h14
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O técnico Guerrinha parece não ter entendido bem a demissão do Paschoalotto/Bauru, anunciada na última sexta-feira. No clube desde 2006, o treinador viu encerrada sua segunda passagem depois de uma reunião entre a diretoria e o patrocinador.

Dias após desabafar nas redes sociais e se dizer “surpreendido, sendo punido pelo sucesso de um time”, o comandante tem aproveitado para descansar com a família, digerir o que ocorreu e pensar no futuro.

– Com a história que tenho em Bauru e no basquete, de repente acabar dispensado no meio da temporada, ganhando tudo... Houve uma reunião (da diretoria e patrocinador) após o retorno dos Estados Unidos e fui comunicado. Eles decidiram que chegou o fim do ciclo. Respeito a decisão, apenas perguntei se tinha acontecido algum problema. Disseram que queriam mudar a filosofia do técnico, ter outro tipo de trabalho – afirmou Guerrinha ao LANCE!Net.

– Estou dentro do basquete e nunca tinha visto algo desse tipo. Eu que criei todo o trabalho e, de repente, o patrocinador e a diretoria dispensam só para trocar de filosofia? A gente lamenta – completou.

Guerrinha foi demitido do Bauru mesmo com os títulos na última temporada (Foto: Ale Cabral)

Com o técnico no comando, o Bauru faturou na última temporada a Liga das Américas, a Liga Sul-Americana e o Campeonato Paulista. O time ainda ficou com o vice-campeonato da última edição do NBB e da Copa Intercontinental, quando perdeu para o Real Madrid.

No início desse mês, a equipe do interior paulista participou de duas partidas contra franquias da NBA nos Estados Unidos, com derrotas para o New York Knicks (100 a 81) e o Washington Wizards (134 a 100).

Aos 56 anos, Guerrinha ainda não definiu seu futuro. Enquanto isso, o Bauru vai em busca de um novo comandante. A ideia da diretoria é trazer alguém para fazer um trabalho mais intenso com os jovens. Assim como o Limeira, que encerrou o trabalho com a equipe profissional, os bauruenses passam por uma crise financeira.

CONFIRA UM BATE-BOLA EXCLUSIVO COM GUERRINHA:

A diretoria fala em término de um ciclo, e você disse que eles pretendem mudar a filosofia do time. Isso foi conversado no planejamento desta temporada?

Guerrinha: No início da temporada, fui em uma reunião do Comitê Gestor e falaram sobre a limitação de verba com o corte de jogadores, membros da comissão técnica. Falei que se desejassem manter o nível, não poderia ser dessa forma. Mas entendia a limitação orçamentária. Queriam colocar atletas novos para jogar. Mas isso não pode acontecer de uma hora para outra. Temos de lançar os jovens aos poucos. De forma alguma, fui contestado. Achava cedo demais, você vai preparando esses atletas ano após ano, é um trabalho contínuo. Isso precisa ser um processo natural, e não colocado goela abaixo.

O que vai fazer agora?

G: Agora, é curtir a família, dou palestras. Já tive um contato para estudar uma proposta para ir à Venezuela. Vamos passo a passo, verei se faço uma reciclagem, tenho amigos na Espanha.

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