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Alison e Bruno saem da sombra para ser esperança do Brasil na Rio-2016

3 set 2015 - 09h14
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A tarefa de Alison e Bruno Schmidt não era simples. Considerados algumas das maiores apostas do Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, os atletas precisaram colocar em prática uma verdadeira arrancada em busca da vaga do torneio, alcançada no último fim de semana, com o título do Grand Slam de Olsztyn (POL).

Os atletas, que estreiam hoje na chave principal do Rio Open, válido pelo Circuito Mundial de vôlei de praia e evento-teste da Olimpíada, deixaram o posto de dupla número três do Brasil para se firmarem na liderança, à frente de Evandro/Pedro Solberg e dos medalhões Ricardo e Emanuel. Tudo em só cinco meses.

As últimas quatro etapas do Circuito foram vencidas pela dupla brasileira, que agora pode igualar o recorde de maior número de eventos vencidos em sequência. Em 1999, Emanuel e Loiola conseguiram o feito. Mas a maré de sucesso teve boa dose de insegurança e de pressão.

– Foi um turbilhão de acontecimentos, uma corrida contra o tempo, e cobranças de vários lados, porque havia um número de etapas para conseguirmos a classificação. Não foi fácil – admitiu Bruno, ao LANCE!.

Quando somar pontos na corrida olímpica começava a ser prioridade, Alison sofreu dois golpes. Em outubro de 2014, rompeu o tendão patelar do joelho direito. Ao voltar, em fevereiro deste ano, teve de lidar com uma apendicite. Ficou cinco meses ausente, para a agonia de Bruno.

– O esporte tem disso. Eu sou flamenguista e penso muito naquela arrancada do time em 2009, quando o título parecia perdido. Nós estivemos unidos – brincou Alison, prata em Londres (2012), com Emanuel.

E a união é mesmo grande entre os parceiros. Antes de estourar na praia, Alison tinha planos na quadra. Até esteve perto de seguir carreira como central. Em 2006, o convite de Bruno, que vai estrear em Olimpíadas, fez o “Mamute” repensar a escolha.

A segunda vaga na Rio-2016 será indicação da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Não depender de escolhas subjetivas é um alívio para quem tem sede de medalhas.

– Dá um alívio enorme. Não pensávamos nisso, mas estamos mais tranquilos – falou Bruno.

Alison e Bruno Schmidt estreiam nesta quinta-feira na fase de grupos do Rio Open, a partir das 13h.

Dupla tirará férias e pode se poupar em 2016

Com a classificação aos próximos Jogos Olímpicos assegurada, Alison e Bruno Schmidt vão aproveitar a reta final de 2015 para tiras férias de 25 dias. Mas isso só após jogar as quatro etapas do Circuito Brasileiro que ainda acontecerão até dezembro.

Quando sair o calendário internacional de 2016, a dupla fará uma avaliação sobre quais torneios disputar e quais se poupar, com o objetivo de chegar 100% ao Rio de Janeiro.

– Nas férias, é preciso se desligar do esporte um pouco, tirar da tomada. O Bruno e eu gostamos de passar com a família, de viajar. Faremos isso. Em janeiro, o foco volta para a Olimpíada – contou Alison.

A “regalia” foi possível graças ao empenho da equipe em liderar o ranking olímpico dentro do critério utilizado pela CBV para definir as duplas classificadas aos Jogos.

A situação é bem diferente do que o jogador viveu às vesperas de Londres, em 2012, ao lado de Emanuel.

– Fomos até junho daquele ano com a dúvida sobre jogar ou não. Abrimos distância de Pedro Cunha/Ricardo, mas podíamos ser alcançados. Agora, veio com 11 meses de antecedência – lembrou o atleta.

A ARRANCADA DE ALISON E BRUNO SCHMIDT

Grand Slam de Moscou (RUS)

Em maio, Alison ainda buscava retomar o ritmo de jogo ao lado de Bruno Schmidt após problemas físicos. A dupla caiu na semifinal e perdeu a disputa do bronze para os alemães Erdmann e Matysik.

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Major Series de Porec (CRO)

A dupla não conseguiu passar da primeira fase. Ainda na repescagem, acabou superada por Ricardo e Emanuel.

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Major Series de Stavanger (NOR)

A dupla caiu nas oitavas de final ao perder para os noruegueses Hordvik e Kvamsdal.

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Grand Slam de São Petersburgo (EUA)

Mais uma vez, os brasileiros ficaram nas oitavas. Desta vez, foram eliminados pelos alemães Doppler e Horst.

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Só ouro

A arrancada começou em julho, com cinco títulos. A dupla faturou o Campeonato Mundial da Holanda e quatro etapas do Circuito Mundial: Major Series de Gstaad (SUI), Grand Slam de Yokohama (JPN), Grand Slam de Long Beach (EUA) e Grand Slam de Olsztyn (POL).

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