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Amistoso da Seleção Brasileira no Qatar, em 2011, se torna alvo de investigação

18 jun 2015 - 12h47
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A lista de amistosos suspeitos de ser utilizados em um esquema de propina em troca de votos para a escolha do Qatar como sede da Copa do Mundo de 2022 pode ser ainda mais extensa. De acordo com o jornal "O Estado de São Paulo", o amistoso da Seleção Brasileira contra o Egito, disputado em 2011, também se tornou alvo de investigações da Justiça dos Estados Unidos e da Suíça em meio ao escândalo da Fifa. A outra partida sob suspeita é o duelo entre Brasil e Argentina, realizado em 2010 em território qatariano.

Gol do Jonas - Brasil x Egito
Gol do Jonas - Brasil x Egito
Foto: Fadi Al-Assaad / Reuters

O confronto da Seleção Brasileira com o Egito foi realizado em novembro de 2011, no Al Rayyan Stadium, em Doha. À época comandados por Mano Menezes, os canarinhos venceram por 2 a 0, com dois gols de Jonas.

Apesar de a escolha do Qatar como país-sede ter ocorrido ao final de 2010, os investigadores creem que os pagamentos pelos votos possam ter sido efetuados após a votação da Fifa.

- Nossa percepção é de que, para a Copa do Qatar, os eventuais pagamentos tenham sido realizados entre 2009 e 2012 - declarou uma fonte em Berna na condição de não ter sua identidade revelada.

De acordo com o diário, os organizadores da Copa no Qatar teriam aproveitado o amistoso de 2011 para quitar duas dívidas. A primeira delas seria com o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Tanto Brasil quanto a Argentina votaram nos qatarianos para sediar do Mundial de 2022.

Além disto, os dirigentes qatar teriam saldado uma dívida com Hany Abo Rida. O chefe do futebol egípcio era aliado de Mohamed Bin Hammam, do Qatar, que tentara tirar Joseph Blatter da presidência da Fifa.

- Essas partidas não têm objetivo esportivo. Os jogadores se transformaram no circo de alguns que ganham dinheiro com isso - afirmou Roland Buchel, deputado suíço que lidera os trabalhos no Parlamento por uma reforma na Fifa.

O FBI também investiga o fato de Abo Rida ter feito uma viagem Bin Hammam à reunião da União Caribenha de Futebol. Neste evento, o representante do Qatar teria dado US$ 40 mil (R$ 122 mil, em valores atuais) aos dirigentes do Caribe em troca de votos para a eleição na Fifa.

Na última segunda-feira, a revista "World Soccer", dos Estados Unidos, publicou reportagem afirmando que o ex-presidente da CBF teria recebido 30 milhões de euros (cerca de R$ 105 milhões) para votar nos catarianos. Já o jornal "Folha de S. Paulo" publicou matéria na qualque afirma que Ricardo Texeira, que renunciou ao cargo, em 2012, além do dinheiro, o ex-mandatário teria recebido o relógio de ouro do emir do Qatar. Teixeira negou todas as acusações.

As suspeitas sobre irregularidades nas escolhas das sedes das duas próximas Copas do Mundo estão investigadas. Caso se confirmem, os países sedes poderão ser mudados.

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