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Ao LANCE!, Enderson pede reforços para sonhar com título brasileiro

2 jul 2015 - 07h14
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Pouco mais de um mês depois de chegar ao Fluminense, Enderson Moreira venceu a desconfiança que o torcedor tinha após resultados ruins desde o início do ano, levou o time ao G4 do Campeonato Brasileiro e, mesmo cauteloso, não esconde a expectativa em brigar por voos mais altos e quem sabe, sonhar até com o título.

 Fluminense,Entrevista Enderson Moreira
Fluminense,Entrevista Enderson Moreira
Foto: agner Meier

Em bate-papo com a reportagem, o treinador ressalta a dificuldade do Brasileirão e que a competição ainda está na fase inicial. Nesta quinta-feira, diante do Santos, às 21h, no Maracanã,com transmissão em tempo real no site do LANCE!, o Fluminense tem condições até de encostar na liderança do campeonato. Ciente de que mais difícil do que chegar ao topo é se manter, Enderson admite que o torcedor pode esperar o Tricolor brigando pelas vitórias.

– Tem muita coisa ainda. É difícil fazer algum tipo de planejamento. Acho que o Fluminense tem de estar atento ao mercado, para qualificar ainda mais o elenco. Há opções, mas algumas posições nem tantas. Mas sei como é o Fluminense. Sempre que disputar o campeonato, vai brigar para vencer pela tradição do clube. O Fluminense ganhou dois brasileiros nos últimos cinco anos e temos de entender isso. Ninguém pode tirar.

Segundo Enderson, o atual elenco do Fluminense tem que fazem diferença. Mas o treinador exalta a força coletiva do grupo para fazer com que uma estrela como Fred acabe se destacando:

– Acho que os jogadores dentro de um sistema organizado, podem fazer a diferença. Mas a equipe precisa competir no futebol. Algumas equipes às vezes não tem jogadores representativos no futebol. E hoje para vencer no futebol, uma equipe precisa competir. Se não brigar, não vai conseguir ir longe.

A saída do Santos, adversário desta noite, ainda é assunto em pauta como o treinador, que explicou não guardar mágoa da passagem pelo alvinegro praiano.

– Única coisa que falei que o time foi o mesmo que montei até o fim do Campeonato Paulista. Aquilo que eu tinha como ideia, foi preservado, continuou, e poderia ser até diferente. Alguns jogadores que não jogavam comigo poderiam estar sendo aproveitados, mas não foi assim. Então, isso que falam, não tem nada a ver. O Santos é uma equipe que tenho o maior carinho, o maior respeito. Não tem ressentimento com ninguém. Gosto de todos lá – explica, o treinador, lembrando a boa relação com alguns jogadores:

– O próprio Robinho, depois de uma conquista de título, tocar no meu nome, mostra que tem reconhecimento do trabalho. Ficar ou não ficar envolve outras questões e não quero discutir. O presidente deixou que a gente continuasse o trabalho numa boa e chegou num ponto que as convicções não batiam. Mas não houve nada do que foi noticiado. A insatisfação de jogadores é normal. Amanhã eu saio do Fluminense e alguns jogadores vão gostar.

Você chegou ao Fluminense há pouco mais de um mês. Dá para fazer um balanço do que foi positivo e negativo?

Difícil falar sobre balanço. Tivemos bons momentos. Mas acima de tudo a equipe se entregou muito. Mereceu muito os resultados positivos que conseguiu e isso é o que mais me agradou até aqui. Até quando saímos de campo derrotados, a equipe lutou demais para buscar até o empate ou a vitória. Não faltou entrega nunca. É uma característica desse elenco. E eu valorizo muito isso.

CONFIRA O BATE-PAPO NA ÍNTEGRA:

Quando você foi apresentado, o time passava por uma fase complicada, vinha de uma goleada para o Atlético-MG. Desde então é visível como o ânimo mudou. Como você conseguiu isso?

Falar o que aconteceu, não sei. Não acompanhava. Quando a gente chega num clube, tentamos facilitar para eles (jogadores). Sou claro no que passo, tenho cobranças, o que é normal no trabalho de qualquer treinador, mas com nível tranquilo para que eles possam estar com confiança para executar o que sabem fazer. Isso favorece para que a equipe possa ganhar mais corpo. Resultados acontecem e isso ajuda muito na confiança. Desde que começamos a vencer, os jogadores foram adquirindo isso e o nível de atuação melhorou.

Você tem medo de perder algum jogador nesta janela de transferências para a Europa?

É complicado. A janela européia abriu hoje (ontem). Tudo pode acontecer. Um clube como o Fluminense, que tem jogadores interessantes no elenco, importantes, e a gente sabe que há qualquer momento, pode perder um desses atletas. Por isso temos de estar atentos a reforços, até pensando em possíveis baixas.

O Fluminense acertou com o Osvaldo ontem. Esta foi uma indicação sua, você espera mais algum jogador para o restante da competição?

Não quero falar sobre o que não está concretizado (o Fluminense só vai anunciar o jogador após a realização dos exames médicos e assinatura do contrato). Mas o Osvaldo é um grande jogador. Se vier, vai agregar valor. Jogador rápido, de velocidade, tem um bom passe. Acho que o Fluminense tem de estar atento a se reforçar sempre. O Campeonato Brasileiro é uma competição muito longa e precisamos ter um elenco forte para se manter na briga.

Você foi um treinador com prazo de validade na primeira passagem pelo Fluminense, já que era interino até a chegada do Abel Braga. Qual é a diferença para agora?

Agora eu posso tomar definições mais definitivas. A grande diferença é essa. Você é o comandante, sabe que vai ter que fazer escolhas, isso é da profissão... Aquele momento como interino não. tentei fazer o melhor possível, sem mudar muito o elenco, para a chegada do Abel, e agora tento fazer o melhor possível para que o Fluminense tenha bons resultados.

Você começou trabalhando nas categorias de base e o elenco do Fluminense tem muitos jogadores que vieram de Xerém...

A saída de um jogador de base para um time profissional, é um processo difícil. Tento passar para os atletas esse lado de observação, o que pode ser melhorado, que não vejam essa chegada ao time profissional como ponto final... São várias situações que a gente percebe que precisa atuar para que o atleta possa continuar crescendo. Já passei por Atlético-MG, Santos, Inter, Grêmio, e o Fluminense é um clube formador por essência. A gente só tem feito é aproveitar ao máximo esses meninos. O grupo é muito jovem. A gente não pode só trocar por trocar. Temos de usar esses atletas o máximo possível para, aos poucos trazer novas peças.

Mas no Santos chegaram a dizer que você teve problemas com a garotada e que eles ficaram de má vontade para derrubá-lo...

Nunca houve má vontade no Santos. Equipe se dedicava muito. Ficou claro que não havia problema. Santos é uma página bacana da minha vida que ficou para trás.

O Fred recebeu uma preparação especial com o Cristovão e teve uma boa sequência de jogos. Você vai manter esse trabalho especial com ele?

Às vezes você pega o Fred porque é quem chama mais atenção. Mas vários jogadores tem o tratamento diferenciado. Era importantíssimo que o Marlon saísse do foco, para se recuperar. Optamos por tirá-lo de goiânia. Sabemos que em algumas situações, é preciso um trabalho especial. Cada jogador necessita de um cuidado, que não é o mesmo para todos.

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