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Apesar da crise, Superliga começa com legião de estrangeiros

7 nov 2015 - 08h53
(atualizado às 13h12)
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Cada vez mais “internacional”, a Superliga não deixou a tendência de lado mesmo em meio ao cenário econômico desfavorável do Brasil. O torneio, que começa neste sábado para os homens com o duelo entre Brasil Kirin e Copel Telecom Maringá Vôlei, às 13h (de Brasília), em Campinas (SP), contará com 19 estrangeiros, seis a mais do que a edição passada.

A disputa masculina terá representantes de Cuba, Argentina, Sérvia, Romênia e até Japão. Na feminina, também há cubanas, argentinas e americanas, além de uma belga (confira todos os nomes abaixo).

Os sete cubanos da Superliga são uma atração à parte. Representam 37% dos estrangeiros da lista. Dentre eles, há quem considere o campeonato brasileiro o melhor do mundo. É o caso do oposto Yadrian Escobar, do Minas, maior pontuador da última temporada, com 433 acertos.
Os sete cubanos da Superliga são uma atração à parte. Representam 37% dos estrangeiros da lista. Dentre eles, há quem considere o campeonato brasileiro o melhor do mundo. É o caso do oposto Yadrian Escobar, do Minas, maior pontuador da última temporada, com 433 acertos.
Foto: Divulgação

Os sete cubanos da Superliga são uma atração à parte. Representam 37% dos estrangeiros da lista. Dentre eles, há quem considere o campeonato brasileiro o melhor do mundo. É o caso do oposto Yadrian Escobar, do Minas, maior pontuador da última temporada, com 433 acertos.

– Eu não tinha muita experiência antes. Só havia jogado em Cuba, e aqui a liga é a melhor do mundo. Há muitos cubanos. Não me preocupei com a economia – disse o atleta, que em seu segundo ano no país curte a piscina do Minas nas horas vagas.

Para não serem afetados pelas oscilações do real frente ao dólar, alguns times fixaram os contratos na moeda nacional. Assim, atletas tiveram de abrir mão de uma parcela considerável do que estavam acostumados, como a levantadora Courtney Thompson, do Rexona-Ades, e a ponteira Alix Klineman, do Dentil/Praia Clube, ambas americanas.

– Tive de mudar um pouco o valor do meu contrato, mas não vim ao Brasil por dinheiro. Tinha em mente que precisava melhorar o meu jogo. Estou em uma equipe grande, e meu trabalho é jogar – afirmou Alix.

Embora significativa, a quantidade de estrangeiros poderia ter sido ainda maior. Isso se fosse simples convencer um astro a abrir mão de suas cifras habituais... Em meio à crise política no São Paulo e à alta do dólar, o Funvic/Taubaté perdeu o oposto canadense Gavin Schmitt.

Outro que ficou perto de aumentar a lista foi o ponteiro americano Philip Fuchs, que tem cidadania brasileira. O jogador assinou contrato com o Juiz de Fora, mas deixou a equipe a uma semana do início do torneio, alegando problemas pessoais.

E não são só atletas de fora do país que se aventuram. No torneio masculino, os técnicos argentinos Marcelo Mendez, do Sada Cruzeiro, e Horacio Dileo, do Maringá, já são figuras conhecidas e sabem o que motiva cada jogador que vem ao Brasil.

"O espetáculo vai ser muito bom, e a presença de alguns estrangeiros ajuda a elevar um pouco do nível" - Marcelo Mendez, técnico do Sada Cruzeiro

– Eles precisam atingir um nível alto para comprovar que foi acertado contratá-los – avaliou Dileo.

O Minas estreia neste sábado contra o São José dos Campos, às 14h (de Brasília), na Arena Minas

Na feminina, o jogo de abertura será entre Terracap/Brasília Vôlei e Renata Valinhos/Country, segunda-feira, às 20h, em Taguatinga (DF).

OS ‘GRINGOS’ DA SUPERLIGA

Lebes/Gedore/Canoas

Renovou com o oposto cubano Angel Dennis.

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Copel Telecom Maringá Vôlei

Contratou o ponteiro japonês Tatsuya Fukuzawa.

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Bento Vôlei/Isabela

Contratou o ponteiro argentino Lucas Ocampo

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Montes Claros

Contratou o central sérvio Milan Celic.

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Brasil Kirin

Contratou o ponteiro romeno Bogdan Olteanu e o levantador argentino Demián Gonzalez.

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Sada Cruzeiro

Renovou com os ponteiros Yoandy Leal e Frederic Winters.

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Minas Tênis Clube

Manteve o oposto Yadrian Escobar e trouxe o ponteiro Raidel Delgado.

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Funvic/Taubaté

Contratou o oposto cubano Yadier Sanchéz.

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São José dos Campos

Contratou o ponteiro argentino Cristian Poglajen.

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Rexona-Ades

Trouxe a levantadora americana Courtney Thompson.

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Vôlei Nestlé

Manteve a ponteira cubana Kenia Carcaces e trouxe a oposto belga Lise Van Hecke

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Rio do Sul/Equibrasil

Manteve a central argentina Mimi Sosa e trouxe a líbero Tatiana Rizzo (ARG).

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Dentil/Praia Clube

Renovou com a oposto Daymi Ramirez (CUB) e trouxe a ponta Alix Klineman (EUA).

A SUPERLIGA 2015/2016

Masculina

Sada Cruzeiro, Sesi-SP, Funvic/Taubaté, Minas, Brasil Kirin, Copel Telecom Maringá, Lebes/Gedore/Canoas, Montes Claros, Juiz de Fora, Voleisul/Paquetá, São José dos Campos e Bento Vôlei/Isabela

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Feminina

Rexona-Ades, Vôlei Nestlé, Sesi, Camponesa/Minas, Dentil/Praia Clube, Pinheiros, Terracap/Brasília Vôlei, São Cristóvão/São Caetano, Rio do Sul/Equibrasil, São Bernardo, Concilig Vôlei/Bauru e Renata /Valinhos Country.

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Sistema de disputa

As 12 equipes se enfrentarão em turno e returno, e os oito melhores vão às quartas de final, em três jogos, como a semi. A decisão será em jogo, único em local a definir.

NÚMEROS

2

Estrangeiras da liga são medalhistas olímpicas: Courtney Thompson (prata-2012) e Daymi Ramirez (bronze-2004).

13

Equipes das 24 que disputam esta Superliga têm pelo menos um atleta estrangeiro no elenco.

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