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Após demissão de Gala León, espanhois acenam para fim de boicote na Davis

5 jul 2015 - 15h56
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Semana agitada no tênis espanhol. Depois da renúncia do presidente da Federação, José Luís Escañuela, envolvido em escândalo de corrupção com desvio de verba, a capitã da Copa Davis, Gala León, foi demitida e ficou sabendo da notícia pela televivão. 

 Gala Leon, demitida hoje
Gala Leon, demitida hoje
Foto: AFP

Gala León havia sido nomeada pelo então presidente de forma autoritária, o que gerou revolta e críticas dos principais tenistas espanhois, incluindo Rafael Nadal e David Ferrer. A saída dos dois do comando do tênis espanhol pode dar início a uma mudança de postura por parte dos atletas, que haviam decidido boicotar a principal competição entre nações do tênis.

"É bom que entre um capitão diferente. As coisas não foram feitas como deveriam. Vamos ver se agora haverá um pouco mais de contato com os jogadores, que é o trabalho de um capitão", afirmou Roberto Bautista Agut, 22º do mundo. "Esperamos que agora entre uma pessoa que entenda do mundo do tênis e se importe com os jogadores. Quanto ao presidente, acho que ele teve o que merecia".

"Gala não fez as coisas certas desde o primeiro momento. Não entrou em contato com nenhum do tenistas. Quando cheguei à final do Conde de Godó (ATP 500 de Barcelona) não me mandou uma mensagem sequer. Disse várias mentiras, como por exemplo que tem uma boa relação com os jogadores. O diálogo é o básico para um treinador. Ele deve ser capaz de unir o time", disse Pablo Andujar, 37º da ATP.

Feliciano Lopez, membro assíduo da equipe e que marcou seu casamento para o fim de semana do duelo contra a Rússia, convidando todos os tenistas espanhois para o evento, também espera um novo rumo a partir de agora: "A situação chegou a um extremo e isso foi bom. Me dói muito ver a Espanha jogar a Segunda Divisão, amo essa competição e defender esse país. Agora Escañuela não deve sair liso e ileso dessa situação. Agora é hora de nós, jogadores, chamarmos a responsabilidade e tentar devolver o time ao seu lugar".

Fora do Grupo Mundial pela primeira vez em quase 20 anos, a Espanha enfrenta a Rússia fora de casa, em Vladivostok, entre os dias 17 e 19 de julho, pelo Zonal Euro/África e precisa vencer para disputar, em setembro, os playoffs da divisão de elite. A equipe inicialmente seria formada por Daniel Gimeno-Traver, Inigo Cervantes, Adrian Menéndez e David Marrero. O prazo final para definir a equipe se encerra na próxima terça-feira, dia 7, e uma mudança não está descartada.

"Agora falta muito pouco tempo, acho que formar uma equipe agora, há três dias de encerrar o prazo, é difícil, mas vendo a postura da Federação, mudando de atitude, procurando o diálogo e união com os jogadores, me colocarei disponível, assim como todos os meus companheiros, acredito", sentenciou Andujar.

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