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Brasil cumpre meta de ser top 3 no Pan de Toronto, mas com ressalvas

26 jul 2015 - 20h29
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A delegação cresceu, os investimentos aumentaram, mas o desempenho foi igual. Com o mesmo número de pódios do que o Pan de Guadalajara-2011, e menos medalhas de ouro, o Brasil encerou ontem sua participação nos Jogos Pan-Americanos de Toronto.

Assim como no México, o Time Brasil terminou a competição com 141 medalhas. A qualidade das láureas, no entanto, piorou. Há quatro anos, a delegação obteve 48 ouros. Em Toronto, foram 41. Esta diferença de seis vitórias transformaram-se em mais pratas (40 a 35) e bronzes (60 a 58) na capital do estado de Ontário, em relação a 2011.

Apesar de não evoluir nestes números, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) saiu satisfeito com o resultado final. O contentamento ficou por conta do fato do país ter atingido sua meta de ficar no top 3 no número total de medalhas. O time verde e amarelo só ficou atrás dos Estados Unidos (em primeiro, com 265) e do Canadá (segundo, com 217).

Na tabela oficial do Pan, que leva em conta como primeiro critério o número de ouros, o Brasil também foi o terceiro melhor.

– Saímos daqui satisfeitos, a meta foi cumprida. O que aconteceu aqui foi um passo importante para o que vai acontecer na Olimpíada do Rio – disse Marcus Vinicius Freire, diretor executivo de esportes do COB, em entrevista à imprensa brasileira ontem em Toronto.

Brasil saiu de Toronto sem nenhuma medalha de ouro no vôlei, esporte tradicional no país (Foto: Eduardo Viana)

Apesar da animação, alguns fatos pesam contra a empolgação brasileira. O time competiu no Canadá com uma delegação maior do que no México (590 atletas, conta 522), e passou a receber investimentos maciços recentes de diversas áreas para a preparação para a Olimpíada Rio-2016.

O maior deles é o Plano Brasil Medalhas, do governo federal, que reservou R$ 1 bilhão para projetos como Bolsa Pódio, treinamento de atletas, pagamento de viagens para competição e reforma de equipamentos. O plano foi lançado em setembro de 2012, ou seja, saiu do papel um ano depois do Pan de Guadalajara.

Já o COB utilizou outros inúmeros argumentos para justificar a estagnação no número de medalhas, como por exemplo a concorrência mais forte com outros países.

Segundo Marcus Vinicius Freire, o Pan teve como objetivo também dar experiência a jovens atletas (70% da delegação tinha menos do que 25 anos). O dirigente comemorou também o fato do país ter terminado à frente de Cuba em número de ouros, o que não acontecia desde 1967.

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