PUBLICIDADE

LANCE!

Com prova de adestramento, evento-teste em Deodoro recebe elogios

7 ago 2015 - 21h11
Compartilhar
Exibir comentários

O primeiro dia de competição do Aquece Rio: Concurso Internacional Completo, o evento teste do hipismo para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, contou com a disputa da primeira parte do Concurso Completo de Equitação (CCE) – o adestramento – e com boa avaliação geral. Na pista principal do Centro Nacional de Hipismo, em Deodoro, Marcelo Tosi e Márcio Jorge se destacaram. Fora dela, atletas, dirigentes e organizadores do evento aprovaram a experiência.

- Este é um teste major, temos 26 departamentos do Rio 2016 testando suas operações de limpeza, tecnologia, segurança. Mas o foco é sempre na competição esportiva, na gestão da competição e no sistema de resultados. Ocorreu tudo perfeitamente. Começou e terminou na hora. A Federação Internacional de Hipismo (FEI, em inglês) nos deu um feedback positivo. Estão todos muito satisfeitos com a instalação - declarou Gustavo Nascimento, diretor de gestão de instalações do Comitê Organizador Rio 2016.

Nascimento elogiou também a presença dos voluntários no evento. Embora seja fechado ao público, o evento-teste do hipismo já testa a atuação deles.

- Estamos impressionados com o nível de engajamento. Não se faz um evento sem eles e estamos muito satisfeitos - destacou.

- A retenção dos voluntários para o ano que vem é fundamental, a gente investe muito nisso, num plano de trabalho bem elaborado para que eles não saiam daqui exaustos - afirmou o diretor do Rio 2016, ressaltando também a integração dos governos.

- Temos a capacidade de trabalhar como se fôssemos um time só - concluiu

Trabalho a ser feito

Atenta à competição e ao funcionamento de todos os processos ao longo do evento-teste, a Federação Internacional de Hipismo também elogiou a organização da competição após o primeiro dia. Diretor de competições da FEI, Tim Hadaway destacou a evolução do local desde sua última visita, mais de um mês atrás.

- A instalação está ótima. Estive aqui seis semanas atrás e, quando entrei na segunda-feira, tive uma surpresa agradável. Não só pelo que o local oferece aos atletas, mas também pela aparência. A atmosfera é ótima para os cavalos, há boas áreas de treinamento, os estábulos estão bons. Quando você tiver milhares de pessoas na torcida, será ótimo - observou.

Acompanhando a delegação da federação, o presidente da Confederação Brasileira de Hipismo, Luiz Roberto Giugni reforçou os elogios feitos pela entidade ao Centro Nacional de Hipismo.

- A avaliação é muito boa. Eles adoraram o que viram. Foi importante chegar até aqui, porque agora estamos adiantados, não estamos mais atrasados. O feedback foi muito bom - comentou Giugni.

De acordo com Hadaway, a estimativa é de que o Centro Nacional de Hipismo esteja 50% pronto para receber os Jogos Olímpicos no ano que vem. Portanto, há ainda muito trabalho a ser feito.

- É preciso manter os esforços após o evento-teste para concluir os outros elementos do local. Por exemplo, há duas arenas de treino prontas, mas há ainda mais duas e uma menor a serem construídas. Ainda é preciso construir um terço dos estábulos, além de concluir a clínica veterinária - citou.

Experiência

Atleta da seleção brasileira de hipismo, Ruy Fonseca, medalha de bronze individual e de prata por equipes no Concurso Completo de Equitação (CCE) no Pan de Toronto, esteve em Deodoro para observar o primeiro dia de atividades. O brasileiro acompanhou as provas e conversou com membros de outras delegações que estão no Rio. As impressões também foram de otimismo.

- A avaliação, não só minha, como de todos os países presentes, é fantástica. Todas as instalações estão de nível mundial: os pisos, os obstáculos do cross country, as cocheiras, o hospital veterinário, a logística do evento, os voluntários. Até o momento, estou impressionado com tudo - revelou Fonseca.

Embora não esteja competindo no Aquece Rio, o medalhista no Pan de Toronto falou sobre a oportunidade de competir em casa nos Jogos Olímpicos no ano que vem. Para ele, a possibilidade de uma medalha para o país no CCE é concreta.

- Temos um grupo de sete ou oito cavalos que podem chegar com força total para ganhar uma medalha olímpica. Isso foi mostrado no Pan, onde estávamos competindo com equipes grandes - afirmou o atleta, lembrando que a equipe brasileira superou o Canadá e ficou atrás apenas dos Estado Unidos em Toronto.

- Sabemos que temos que acrescentar outros países tradicionais (na disputa), mas temos uma chance real de buscar uma medalha, que é o que mais queremos - salientou

Marcelo Tosi e Márcio Jorge na liderança

A disputa do adestramento foi dominada por dois cavaleiros nesta sexta-feira (07.08): Marcelo Tosi e Márcio Jorge. Tosi terminou na liderança com notas de 75.63, 73.75 e 75.42 com o cavalo Briefing DB Z. A vice-liderança é de Jorge, que conseguiu 70.83, 72.50 e 67,71 com Coronel MCJ. Tosi ainda aparece na terceira posição com Glenfly, e Jorge na quarta com Winner.

Neste sábado, os atletas disputam a prova de cross country, a segunda do Concurso Completo de Equitação. A definição do campeão será no domingo, com a realização da prova de saltos.

Segundo Tim Hadaway, diretor de competições da FEI, o mais importante para a avaliação neste sábado será a operação da prova.

- Esperamos uma operação eficiente, para que tudo ocorra de acordo com o planejado, especialmente para as pessoas: voluntários e árbitros. Há muita gente envolvida, então é muito importante que eles trabalhem juntos, se conheçam e entendam seus trabalhos, para que não seja uma grande surpresa no ano que vem - comentou Hadaway.

Lance!
Compartilhar
Publicidade
Publicidade