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'Coração' da Rio-2016 ganha cara de Olimpíada com avanço de obras

10 out 2015 - 08h24
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Em agosto do ano passado, o Parque Olímpico dos Jogos Rio-2016, na Barra da Tijuca, parecia o cenário de uma terra arrasada.

Naquela época, boa parte das obras das novas arenas olímpicas ainda estava na fase final das fundações, em que o subsolo é preparado para suportar o peso da construção, mas na superfície quase nada é visto. O que podia ser observado naquele momento eram algumas poucas estruturas aparentes, e o amplo terreno escuro e irregular.

Catorze meses depois, tudo mudou. Aquela área imensa e quase vazia deu lugar a um complexo esportivo com arenas modernas, e com um efeito visual que impressiona quem pisa ali pela primeira vez.

Na última terça-feira, o Comitê Rio-2016 e a Empresa Olímpica Municipal (EOM) levaram jornalistas do Brasil e do exterior para visitar algumas instalações dos Jogos, entre elas o Parque Olímpico. A imprensa pôde conhecer mais de perto o Estádio Aquático, a Arena do Futuro, as Arenas Cariocas, entre outras.

Um bom parâmetro de análise do Parque Olímpico da Rio-2016 é compará-lo com um “semelhante” seu, o parque dos Jogos de Londres-2012.

Na Inglaterra, o “coração” da Olimpíada tinha arenas maiores, e estava em uma área mais ampla. No entanto, isto acabou jogando contra, ao não proporcionar ao local uma “cara” de Parque Olímpico, mas sim de um grande bairro com instalações espalhadas e longe uma das outras. Isso sem contar no tom cinza predominante por onde se olhava.

No Parque Olímpico brasileiro, este efeito visual é completamente diferente. As arenas são bem próximas umas às outras, com uma grande via de acesso a todas elas e que mais parece um calçadão de praia carioca. E o cinza londrino certamente passará longe do complexo.

Pelo menos visualmente, o Parque Olímpico do Rio é mais agradável do que seu “irmão” inglês. No entanto, no próximo ano pode ser que este tamanho mais enxuto proporcione problemas na circulação da grande quantidade de torcedores.

Apesar da boa primeira impressão causada pelo “coração” da Olimpíada Rio-2016, o parque que abriga nove arenas ainda está longe de estar pronto e requer muito trabalho – segundo a EOM, o local está com 89% de obras concluídas.

O Centro de Tênis já deveria ter sido entregue, e o Velódromo ainda está em 65% no andamento de suas obras – a área em torno destas duas instalações ficou fechada para os jornalistas durante a visita. Enquanto a imprensa caminhava pela via principal, operários trabalhavam por todos os cantos e arenas.

Além disso, as arquibancadas do Estádio Aquático não aparentam ter capacidade para receber 18 mil pessoas. Recentemente, a Federação Internacional de Natação (Fina) questionou este número.

Ainda há vários detalhes pendentes no espaço que antes abrigava o autódromo de Jacarepaguá. Por outro lado, este grande complexo que em 2014 era um imenso canteiro de obras já tem cara de Olimpíada.

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