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Crucificado na web, Nilson ganha apoio e deve jogar domingo

27 nov 2015 - 06h59
(atualizado às 10h20)
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Nilson teve dois segundos antes de dar o chute que mudaria sua vida. Em frente a um dos gols da Vila Belmiro, o camisa 39 poderia chutar a bola que aumentaria a vantagem do Santos na Copa do Brasil e que poderia até consagrá-lo como herói. Mas aconteceu o contrário. Sem goleiro, o centroavante chutou para fora e acabou virando vilão ou piada até para quem não torce para o Santos.

Nas redes sociais, ele virou o quinto assunto mais comentado do Twitter, como piada ou em forma de crítica dos indignados santistas.

Mas há quem defenda Nilson com propriedade e argumentos. Uma espécie de padrinho do camisa 39, que tem vínculo com o Santos até o dia 31 dezembro, é o ídolo e auxiliar técnico do Peixe, Serginho Chulapa, que foi quem indicou o atacante para ser contratado após uma passagem pelo São Bento, durante o Paulista.

Nilson foi defendido por Serginho Chulapa após perder gol inacreditável na final da Copa do Brasil
Nilson foi defendido por Serginho Chulapa após perder gol inacreditável na final da Copa do Brasil
Foto: Lance!

Com histórias de sucesso por São Paulo, Santos e Seleção Brasileira, Serginho quis explicar o lance.

– Eu mesmo perdi gols desse jeito. Não pode crucificar. Na minha época do São Paulo, o Zé Sérgio cruzou uma bola forte para mim, vindo pela direita, eu coloquei o pé e a bola passou por cima do gol. Sem goleiro! Absurdo! Se tivesse mais um milhão de chances, eu acertava – relembrou Serginho Chulapa, ao LANCE!.

– O centroavante está sujeito a isso. Era lance de gol, sem dúvida, mas não pode se abater. Ele perdeu o passo. Perdeu velocidade e ficou sem equilíbrio – completou o ex-jogador.

Contratado após fazer dois gols pelo São Bento no Paulistão, Nilson chegou à Vila Belmiro com o rótulo de reserva de Ricardo Oliveira, quem indiretamente o deixou na cara do gol. Porém, Nilson participou apenas de 15 jogos, sendo 12 com entradas no decorrer da partida, geralmente já com os jogos perto do fim.

Na somatória, ele vestiu a camisa do Santos durante 463 minutos, tendo anotado só um gol neste período.

Em sua apresentação, o próprio Nilson enumerou suas qualidades.

– Sou um jogador que segura bem a bola e faz o pivô... Sou finalizador. Bom de cabeça, de perna direita, de perna esquerda, brigar com os zagueiros para abrir espaço aos jogadores de beirada – disse.

Apesar de ser encarregado de balançar as redes, Nilson chamou a atenção da comissão técnica, na época liderada por Marcelo Fernandes, justamente por esses aspectos citados por ele mesmo.

Até o fim do contrato, ele deve ter nova chance de se redimir, como titular, domingo, contra o Vasco.

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