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Em noite de Rogérios, São Paulo bate o Inter no Morumbi

5 set 2015 - 21h38
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"Rogério! Rogério! Rogério!". Nenhuma outra torcida do país está tão acostumada a cantar esse nome no estádio quanto a do São Paulo. Rogério, no Morumbi, é símbolo de glória, sucesso. E neste sábado, no duelo contra o Internacional, pelo Campeonato Brasileiro, não foi diferente. Com uma diferença: enquanto o Mito Rogério Ceni foi apenas homenageado por completar 25 anos de clube na próxima segunda-feira, coube ao atacante Rogério conduzir o Tricolor à vitória por 2 a 0, abrindo o placar e criando as principais chances do time enquanto esteve em campo.

Rogério, atacante e estreante da noite, foi o principal nome do embate em que uma vitória do São Paulo poderia muito bem ser considerada improvável, pelas circunstâncias. Entre suspensos, machucados e servindo à Seleção, a equipe do técnico Juan Carlos Osorio tinha ao todo 11 desfalques. Some aos 8 atletas negociados e são 19 baixas desde que o colombiano aportou no Morumbi. Só aspostas mesmo como as de Rogério para superar um Internacional cujo quarteto ofensivo era formado por Sasha, Valdivia, D'Alessandro e Lisandro Lopez, a mesma base que chegou à Semifinal da Libertadores.

Rogério mostrou seu cartão de visitas aos 4 minutos do primeiro tempo. Recebeu na esquerda, onde gosta de atuar, deu um rapa, que seria sua principal arma no jogo, no volante Nilton e exigiu difícil defesa do goleiro Muriel. O torcedor mais desavisado pode ter se surpreendido, mas o atacante fez exatamente aquilo que mostrou nos treinos desde que  foi contratado. No primeiro dia, três gols. Depois, mais quatro. É, no mínimo, muito esperto.

Rogério, como Pato, a quem substituiu, jogou todo o tempo pelo lado esquerdo no esquema com três atacantes que dominou o Inter durante os 90 minutos. Está aí mais um fator a se destacar no trabalho de Osorio, que, mesmo diante de tanta dificuldade, não abre mão de um jogo agressivo e original. A torcida gosta. Argel, técnico do Inter, certamente odeia, já que foi a segunda vez neste campeonato que caiu diante do colombiano - a primeira com o Figueirense, em Florianópolis, com derrota por 2 a 1 e o São Paulo com um time totalmente diferente. Naquela ocasião, Argel disse que o Tricolor tinha sido o melhor time que ele tinha enfrentado no campeonato.

Rogério não gosta do apelido de Neymar do Nordeste, mas é bom ele ir se acostumando. O primeiro tempo já tinha sido uma surpresa agradável, com ousadia e fintas. Mas foi no segundo que o atacante começou a mudar o rumo da partida e de sua noite. E, vejam só, com grande contribuição de Paulo Henrique Ganso, maior parceiro do Neymar original.

Rogério fez 1 a 0 para o São Paulo aos 3 minutos do segundo tempo, ao completar de cabeça um lance que começou com excelente jogada individual de Ganso, passou ao cruzamento certeiro de Wilder e morreu nas redes de Muriel.

Rogério, com o gol, deu ainda mais tranquilidade ao São Paulo, já melhor e mais consistente em campo desde o início. Renan Ribeiro realizou poucas intervenções para o Tricolor, diante da ineficiência do Internacional, mas mostrou segurança sempre que foi exigido. Rogério, o Ceni, foi bem representado.

Rogério deu um susto na torcida ao sentir dores musculares aos 19 minutos e precisar de atendimento médico fora do gramado. Só um susto mesmo, porque ele voltou a tempo de ver o segundo gol do Tricolor. Aos 26, Michel Bastos recebeu passe de Ganso dentro da área e concluiu com força a jogada que ele mesmo começou. Muriel ainda tocou na bola, mas frágil como o Colorado no Morumbi: 2 a 0 e a sacramentação da noite dos Rogérios.

Rogério, o Ceni, ganhou, além de uma escultura e uma miniatura do Morumbi, a vitória de presente na comemoração de, provavelmente, seu último aniversário de chegada ao clube antes de encerrar a carreira. A partir do ano que vem, ele não será mais jogador do clube. Por outro lado, Rogério, o atacante, deve estar, já que seu contrato é de três anos. Eles não se compararam. Mas o são-paulino já tem outro Rogério para chamar de seu.

FICHA TÉCNICA

SÃO PAULO 2 X 0 INTERNACIONAL

Local: Morumbi, em São Paulo (SP)

Data/Hora: 5/9/2015 – 19h30

Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (Fifa/GO)

Assistentes: Fabricio Vilarinho da Silva (Fifa/GO) e Bruno Raphael Pires (GO)

Renda/Público: R$ 569.709,00 / 20.935 torcedores

GOLS: Rogério, 3'/2ºT (1-0); Michel Bastos, 26'/2ºT (2-0)

SÃO PAULO: Renan Ribeiro; Bruno (Auro, 30'/2ºT), Lyanco, Edson Silva e Reinaldo; Hudson, Michel Bastos, Ganso e Centurión; Wilder (Matheus, 34'/2ºT) e Rogério (João Schmidt, 27'/2ºT). Técnico: Juan Carlos Osório.

INTERNACIONAL: Muriel; William, Paulão, Ernando e Geferson (Artur, 23'/2ºT); Rodrigo Dourado, Nilton e D'Alessandro; Valdívia, Lisandro Lopéz (Taiberson, 36'/2ºT) e Eduardo Sasha (Anderson, 8'/2ºT). Técnico: Argel Fucks.

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