Em quatro dias, Marcelo Oliveira já começa a 'mudar' o Palmeiras

Apresentado na última terça, Marcelo Oliveira começa de fato neste sábado a sua passagem no Palmeiras. Às 21h, o treinador comanda a equipe pela primeira vez, diante do Grêmio, em Porto Alegre (RS). Apesar de apenas quatro dias de trabalho, o atual bicampeão brasileiro já tem tentado, aos poucos, implementar seu estilo no Verdão.

A escalação é basicamente a mesma de Oswaldo de Oliveira – apenas Alecsandro, centroavante tão esperado pelo ex-técnico, não jogava com seu antecessor. O esquema tático, também, é o mesmo 4-2-3-1 que marca a equipe desde o início do ano. A metodologia de trabalho, porém, começou a mudar.

Nos treinamentos, Marcelo trabalhou o posicionamento da defesa, jogadas de bola parada, além de marcação sob pressão no campo de ataque (leia mais abaixo). Tendo como base a vitória sobre o Fluminense, no último domingo, o técnico sabe bem o que é preciso melhorar em seus comandados.

– Estou trazendo um pouco de observação de partidas anteriores, principalmente do Fluminense. Poderíamos ter chutado mais e encaixado mais contra-ataques. Na marcação, tem de apertar o homem com a bola, se possível no campo adversário. Trabalhei um pouco ter nossa saída de bola apertada, porque temos de estar preparados. Aos poucos, agregaremos valores do que a gente gosta – lembrou.

O técnico diz que sua maior meta é tornar o Verdão uma equipe equilibrada e assim afastar-se das últimas quatro colocações para colar no G4. E logo de cara, ele pega o Grêmio, invicto em casa na competição (três vitórias e um empate). Estreará com o pé direito?

AS DIFERENÇAS ENTRE OSWALDO E MARCELO

Treinos táticos

Marcelo Oliveira fez treinos da defesa titular contra o ataque reserva em metade do campo, para acertar as posições. Oswaldo, por sua vez, iniciava as atividades com o time sem adversário e aos poucos acrescentava os suplentes, iniciando pela defesa, até que, quando o reserva estivesse completo, seria feito o coletivo.

Rachão

O treino recreativo, tradição nos clubes brasileiros e apreciado pelos jogadores, não era liberado por Oswaldo de Oliveira – o técnico usava outras táticas para descontrair, como até pega-pega. Ontem, pela primeira vez no ano, Marcelo Oliveira deu rachão de meia-hora, mas já avisou que isto não ocorrerá sempre.

Coletivo e bola parada

Oswaldo não fazia mudanças no decorrer de treinos coletivos, enquanto Marcelo, na quinta, testou Robinho e Zé Roberto, e optou pelo primeiro. Os dois técnicos trabalham bem jogadas de bola parada, mas o atual deu muita ênfase a isto, e em todos os dias o grupo treinou batidas de faltas e pênaltis. Até Prass.

Capitão

Zé Roberto era o capitão de Oswaldo de Oliveira, só que o camisa 11 agora começará a passagem de Marcelo Oliveira como opção no banco de reservas – Fernando Prass é quem deve usar a tarja na Arena do Grêmio. Apesar da saída do experiente jogador, o comandante já conversou com ele, e avisou que irá usá-lo de forma estratégica, assim como Cleiton Xavier, quem ele diz que ainda precisa se readaptar à rotina do Brasil, após jogar por tanto tempo na Ucrânia.

L! PUBLICOU

Parecidos também - O LANCE! publicou no dia 11 de junho um perfil de Marcelo Oliveira, e as semelhanças com Oswaldo chamaram a atenção: ambos são fãs dos Beatles, têm a fala mansa, parecem estar sempre tranquilos, e gostam do mesmo 4-2-3-1, com times ofensivos. A inspiração do atual comandante é Telê Santana, seu técnico no Galo.