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Entrevista: conheça brasileiro que joga na Tailândia e defende o Timor-Leste

1 set 2015 - 07h35
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O sonho de virar jogador de futebol levou o brasileiro Paulo Martins a ganhar a vida fora do Brasil. Hoje, aos 23 anos, ele defende o Songkhla United F.C, na Tailândia. Não bastasse esta coragem de desbravar o outro lado do planeta, ele aceitou o desafio de se naturalizar por outro país e defender a seleção do Timor Leste, jovem nação que só conseguiu se ver livre do domínio estrangeiro em 2002.

Paulo Martins posa com camisa do Songkhla United
Paulo Martins posa com camisa do Songkhla United
Foto: Reprodução

Em entrevista ao LANCE!, o brasileiro contou que recebeu o convite para defender a seleção do Timor-Leste após uma boa temporada em outro país distante do Brasil: a China. 

- Eu saí do Brasil pela primeira vez em 2013, quando tinha 21 anos, para jogar na China. A saída foi motivada pela falta de valorização e oportunidades no Brasil. Defender a Seleção do Timor-Leste tem muita relação com a boa temporada que fiz lá na China. Como fui muito bem, e já estava pela Ásia, acredito que isso tenha motivado a federação Timorense e o treinador, que era brasileiro, a se interessarem pelo meu trabalho e me convidarem para esse projeto - disse o jogador.

Um outro fato curioso é que Paulo Martins não é o único brasileiro na Seleção do Timor Leste. Ele atua ao lado de outros seis compatriotas.

- Eles (governo do Timor-Leste) perceberam que o esporte pode ser uma forma de passar uma nova imagem do país e hoje somos sete brasileiros representando a nação do Timor-Leste - comentou o defensor.

Atualmente, estes sete brasileiros lutam para levar Timor-Leste a disputar a primeira Copa do Mundo da história daquele país. Este, aliás, é também um sonho pessoal de Paulo Martins, que vai além.

- O meu maior objetivo é colocar a seleção do Timor-Leste em lugares maiores e isso tem acontecido. Já temos a oportunidade de disputar as Eliminatórias para a Copa do Mundo, algo inédito até então. Porém o objetivo maior é de disputar um Mundial e, quem sabe, jogar contra o Brasil. Seria um sonho - contou.

Antes de ter a oportunidade de defender o Monte Carlo, na China, onde chamou atenção do Timor-Leste, Paulo Martins passou por alguns clubes brasileiros, como São Caetano (SP), Serrano (RJ) e Coimbra (MG). Após experiência na China, ele teve uma curta passagem pelo Itaboraí (RJ), antes de retornar à Ásia, onde está atualmente, defendendo o Songkhla United F.C, da Tailândia.

BATE-BOLA COM PAULO MARTINS

Os brasileiros são a única salvação da seleção do Timor-Leste?

Paulo Martins: Não. Há jogadores timorenses e de qualidade. Nós, brasileiros, chegamos para ajudar no trabalho que vem sendo desenvolvido.

O motivo de ter escolhido a seleção de Timor-Leste é por ter menos possibilidades de ser convocado para a Seleção Brasileira?

Paulo Martins: Servir a Seleção Brasileira é sempre um sonho para qualquer jogador, mas a vida é feita de oportunidades e escolhas. Eu, naturalmente, fiz a minha de representar a nação timorense e sou muito feliz pela minha decisão.

O Timor-Leste está perto de alcançar o objetivo de disputar a Copa do Mundo?

Paulo Martins: Estamos no início das Eliminatórias. Temos chances, porém o caminho é muito longo e árduo. Eu diria que estamos no caminho certo.

Como os brasileiros reagiram à sua decisão de ter escolhido a seleção do Timor-Leste?

Paulo Martins: No Brasil, tive poucas oportunidades de mostrar meu trabalho. Então, poucas pessoas me conhecem por lá. Porém, quem me conhece apoiou a decisão e ficou feliz.

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