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Especial 7 a 1: Um vexame que mudou as carreiras de Felipão e Parreira

3 jul 2015 - 07h14
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Experiência? Eles tinham de sobra. Títulos em Copas do Mundo? Como treinadores, um para cada um. Pelo currículo de ambos, Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira tinham credenciais à altura para, como técnico e coordenador, comandarem o Brasil rumo à conquista do hexa, em casa. Mas o desfecho foi um pesadelo que marcou a carreira da dupla. Depois do 7 a 1, Felipão e Parreira nunca foram os mesmos.

Felipão e Parreira - Seleção Brasileira
Felipão e Parreira - Seleção Brasileira
Foto: Ricardo Stuckert / CBF

De "os campeões chegaram hoje", proferido na Granja Comary, para o "apagão de cinco minutos" do Mineirazo, muita coisa deu errado. Sob a batuta deles, o favorito Brasil sucumbiu da forma mais cruel, mesmo tendo feito uma rota sólida desde o primeiro jogo da dobradinha - tendo no caminho a incontestável conquista da Copa das Confederações - até a estreia na Arena Corinthians, contra a Croácia. O Brasil deixou de convencer, avançou sem empolgar e foi trucidado pelos alemães.

Parreira foi quem teve a vida profissional mais impactada. Afinal, largou o futebol depois do vexame na Copa-2014. Estudioso do futebol, seis participações em mundiais como treinador e porta-voz da controversa carta enviada por Dona Lúcia, Antônio Carlos (como o chamava, por engano, o ex-presidente José Maria Marin), ou melhor, Carlos Alberto resolveu cuidar dos negócios pessoais no último ano. Nada de vestiário, concentrações e preleção. Nem o Footecon, congresso de técnicos que ele organizava, resistiu.

As aparições ficaram restritas a raras entrevistas e eventos sociais (ele esteve, por exemplo, no lançamento do livro do médico José Luiz Runco, em outubro, e no jantar do Instituto Bola Pra Frente, segunda-feira passada). Na mais recente, no Maracanã, ele avaliou o que viu de diferença no futebol brasileiro de um ano para cá.

- Dos que jogaram a Copa, só tinham três (titulares na Copa América). Mudou bastante, em termos de nomes. Mas, em termos de estrutura, é preciso melhorar. Calendário, formação de jogadores também têm que melhorar, além do trabalho com a Seleção Brasileira - sentenciou o agora ex-treinador.

Na coletiva pós-vexame, Felipão apresentou números para mostrar que sua 'gestão' foi boa (Foto: Ricardo Stuckert/CBF)

Felipão adotou uma estratégia diferente. A carreira seguiu. E com uma rapidez inesperada: 21 dias depois do 7 a 1, o retorno para uma das casas que ele mais se identifica: o Grêmio. Um precisava do outro. A passagem pelo Tricolor gaúcho durou até maio deste ano. E Felipão resolveu embarcar para uma experiência em um mercado emergente, do outro lado do mundo: a China.

Scolari substituiu Fabio Cannavaro no Guanghzou Evergrande. Lá, encontrou brasileiros e levou mais um: Paulinho, que foi seu titular em parte da campanha na Copa. Para o oriente, Felipão ainda levou dois integrantes da comissão técnica da Seleção: o auxiliar Flavio Murtosa e o treinador de goleiros Carlos Pracidelli.

O 7 a 1 ainda incomoda Scolari. O assunto é evitado. Mas por mais que não queira falar sobre o maior vexame do futebol brasileiro, a marca é indelével. Uma mancha eterna.

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