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Formiga completa três anos de UFC e vê ‘chance da vida’ contra Cejudo

5 out 2015 - 15h56
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Há exatos três anos, o potiguar Jussier Formiga ingressava no UFC como uma das maiores esperanças tupiniquins na categoria peso-mosca (até 56,7kg). Após alguns percalços, uma sequência de triunfos e muita experiência adquirida, o atleta da Kimura Nova União se prepara para mais um desafio, que considera o mais importante de sua vida. Formiga encara o norte-americano Henry Cejudo no UFC México, que será realizado na cidade de Monterrey, no dia 21 de novembro. O vencedor do duelo, provavelmente, se garante como o próximo desafiante à disputa de cinturão com o campeão Demetrious Johnson.

Jussier Formiga
Jussier Formiga
Foto: Divulgação

Dono de semblante sereno e sempre muito tranquilo, o atleta de 30 anos, que fez carreira no jiu-jitsu, não imaginava chegar tão longe no MMA. Três anos depois da estreia com derrota para John Dodson, no UFC on FX 5, Formiga admite ter sentido a pressão de estar no maior evento do mundo no esporte e considera que, hoje, após alguns anos de UFC, se encontra no auge da carreira.

- É uma sensação muito boa alcançar essa marca no UFC. Estreei no evento sob muita expectativa, mas amadureci muito nesse tempo e fui me reencontrando aos poucos. Estar no UFC te exige muito, não é só fazer um camp e lutar, tem que estar sempre evoluindo senão você fica para trás. As coisas melhoraram na minha vida pessoal também, consegui comprar meu apartamento, meu carro, paguei uma escola melhor para minha filha. Sinto que estou no auge e concentrado no objetivo, que é o topo da divisão - afirma o atleta que, além da estreia, soma outros cinco duelos na organização, com quatro vitórias.

Para o próximo desafio, Formiga vem se preparando intensamente. O potiguar iniciou o camp de treinamento em Natal, na academia Kimura Nova União, há três semanas, e tem contado com uma importante ajuda para se preparar.

- O camp está muito bom. Eu já vinha treinando antes da luta ser marcada, focando bastante no boxe e na parte em pé. O Renan Barão (ex-campeão peso-galo) está me ajudando muito, na parte de kickboxing principalmente. Ele vem simulando um pouco o estilo do Cejudo, com bastante foco na trocação, chutes e quedas. Treinar com o Barão é fenomenal, um cara que me ensina muito até hoje - confia Formiga, que chega ao Rio de Janeiro nesta sexta-feira, na sede da Nova União, para dar seguimento à preparação na academia liderada por Dedé Pederneiras.

Formiga é o número três no ranking dos moscas do UFC (FOTO: Divulgação/UFC)

Arte suave é arma para conseguir chance pelo cinturão

O duelo diante de Henry Cejudo será um dos maiores desafios na carreira do potiguar. O norte-americano com origens mexicanas está invicto em nove lutas na carreira, já foi campeão olímpico em 2008 e lutará em casa na cidade de Monterrey. Apesar do foco na luta em pé durante os treinamentos, Formiga, que é faixa-preta de jiu-jitsu, não esconde o desejo de conseguir o triunfo utilizando suas habilidades na arte suave e compara o confronto com um jogo de pura estratégia.

- O jiu-jitsu é uma arma que vou sempre ter comigo, vai ser inevitável não levar a luta para o chão. Mas nós lutamos MMA e quem conseguir levar mais ferramentas para esta batalha vai sair vencedor, como num jogo de xadrez. Ele é criado no wrestling e da mesma forma que sabe derrubar seus adversários desde pequeno, eu sou do jiu-jitsu e sei finalizar os meus oponentes desde que era criança. O jiu-jitsu é uma forma de anular um pouco o jogo dele, aposto que ele vai vir mais na trocação e vou tentar equilibrar isso - afirma.

O duelo representa também a chance para Formiga chegar até a sonhada disputa de título. Apesar do UFC não confirmar oficialmente, é muito provável que o vencedor do duelo entre os dois, terceiro e quinto colocados do ranking atualmente, seja o próximo desafiante ao cinturão dos moscas.

- Sinto que minha hora está chegando e tenho certeza que de 2016 esse title shot não passa. Nesse momento, não quero ficar falando muito disso porque tenho um adversário muito duro pela frente, mas tenho certeza de que se vencer o Cejudo ninguém mais terá dúvida que sou o próximo na fila - encerra.

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