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Gramado ruim do Allianz Parque piora relação entre Palmeiras e WTorre

18 jun 2015 - 09h41
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O péssimo estado do gramado do Allianz Parque serve de argumento para o Palmeiras intensificar as críticas à WTorre, construtora responsável pela administração da arena alviverde.

Gramado do Allianz Parque passa por tratamento
Gramado do Allianz Parque passa por tratamento
Foto: Murilo Dias

Em duas ocasiões, a WTorre já solicitou ao Verdão que não treinasse em sua nova casa. Uma delas foi antes da partida contra o Goiás, pela terceira rodada do Brasileirão, pois dias antes havia sido colocada a grama de inverno na arena - o clube atendeu ao pedido. Mas de lá para cá as condições do campo só pioraram – segundo a própria WTorre e a World Sports, terceirizada responsável por cuidar da grama, devido ao excesso de eventos realizados no local.

A diretoria do Palmeiras considerou vergonhoso o fato do amistoso entre Brasil e México ter sido realizado com o campo tão ruim, o que manchou a imagem do estádio mundialmente. Por isso, deu de ombros para novo pedido da construtora, este na semana passada, para que o treino de sexta-feira não fosse no Allianz.

De acordo com pessoas ligadas ao clube, o Verdão decidiu se preparar para o duelo com o Fluminense em sua arena sob a justificativa de que até seus atletas precisariam se adaptar às condições ruins do terreno. No domingo, o que se viu foi um campo esburacado, classificado pelo diretor de futebol Alexandre Mattos como "pífio". Os jogadores, autorizados pela diretoria, também detonam.

Há um mês, as partes já haviam se desentendido porque a WTorre fez o Palmeiras cancelar um projeto chamado de Camarote Avanti, no qual o clube venderia ingressos a sócios-torcedores por R$ 400. Membros da cúpula da empresa ficaram sabendo da atração ao verem pela imprensa a coletiva em que Paulo Nobre anunciava a novidade. Como tem previsto em contrato o direito de comercializar todos os camarotes do estádio, a construtora conseguiu fazer o veto. O Verdão, procurado, disse que não iria se pronunciar sobre o tema.

WTORRE x PALMEIRAS

Cadeiras

É o ponto central da discussão. O Palmeiras diz que a WTorre tem o direito de comercializar apenas 10 mil cadeiras especiais do Allianz Parque, enquanto a construtora acredita que pode vender 100% dos assentos. O atrito começou por uma interpretação dúbia do contrato, válido por 30 anos, e hoje está sendo discutido na arbitragem. A empresa começou a vender as cadeiras especiais e aguarda a decisão judicial para comercializar o restante. A arena está sendo aberta para cerca de 40 mil pessoas.

Camarote

A falta de entendimento entre as partes gerou uma saia justa em maio: Paulo Nobre convocou uma entrevista coletiva para anunciar a criação do Camarote Avanti, que levaria sócios-torcedores do clube para verem jogos no Allianz Parque com extremo conforto e sempre com a presença de um ídolo – o primeiro seria Evair. Parte da cúpula da WTorre ficou sabendo da novidade pela imprensa. A construtora é responsável por comercializar os camarotes e vetou a iniciativa para não desvalorizar seus produtos.

Datas

O contrato estabelece que a WTorre tem prioridade para agendar eventos. Isso significa que se a construtora quiser marcar um show para o dia de uma decisão importante jogada pelo Palmeiras, o clube nada poderá fazer. Se tivesse conquistado o direito de jogar em casa contra Corinthians, na semifinal do Campeonato Paulista, o Verdão seria obrigado a atuar em outro estádio devido ao show de Roberto Carlos. Em outubro, um show do Muse impedirá a equipe de receber o Sport, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, na arena.

Gramado

O péssimo estado do gramado da arena nas últimas partidas serve de munição para que o Palmeiras critique a administração da WTorre. A construtora paga a World Sports, empresa especializada, para fazer a manutenção do campo. A terceirizada culpou o excesso de eventos pelo estado atual da grama, algo assumido pela WTorre. O Palmeiras treinaria na arena antes do jogo contra o Goiás, mas desistiu, atendendo a pedido da parceira. Antes de pegar o Flu, o clube não aceitou a orientação e acertou concessões com a parceira para realizar a atividade lá.

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