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J. Hawilla confessa suborno a membros da Fifa e Conmebol

15 out 2015 - 18h56
(atualizado em 16/10/2015 às 09h18)
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O empresário brasileiro José Hawilla, dono da empresa de marketing esportivo Traffic, confessou à Justiça Americana que, desde 1991, tem a prática de pagar propinas por contratos de direitos de transmissão de competições oficiais. Réu confesso no processo sobre corrupção no futebol, J. Hawilla ainda afirmou ter consciência que a prática era ilegal.

Em documentos liberados nesta quinta-feira pela Justiça americana, são relatadas as confissões do empresário brasileiro. Para proteger o curso da investigação, alguns trechos dos documentos foram bloqueados.

J. Hawilla pagou propina a dirigentes entre 1991 e 2013
J. Hawilla pagou propina a dirigentes entre 1991 e 2013
Foto: om Dib

J. Hawilla afirmou que o pagamento de propinas aos dirigentes ligados à Fifa e à Conmebol foi uma prática utilizada por ele até 2013. Segundo os documentos, os direitos de transmissão de competições como a Copa América, a Copa Ouro e a Copa do Brasil, além de patrocínios da Seleção Brasileira, foram determinados com tal prática.

Confira abaixo alguns dos trechos da confissão de José Hawilla à Justiça Americana.

Aproximadamente em 1991, quando eu fui renovar um contrato para um desses eventos, a Copa América, um dirigente associado à Fifa, a agência encarregada do futebol mundial, e à sua confederação, a Conmebol. Ele me pediu uma propina para assinar o contrato. Eu precisava daquele contrato, pois já havia assumido compromissos futuros. E, mesmo que não quisesse, eu concordei em pagar propina para aquele dirigente.

Depois disso e até 2013, outros dirigentes de futebol vieram a mim e aqueles com os quais eu me associei em negócios exigiam propinas para assinar ou renovar contratos. Eu concordei com pagamentos de suborno em sigilo que seriam feitos a esses dirigentes de futebol por contratos de direitos de marketing para vários torneios e outros direitos associados ao futebol.

Eu concordei em pagar subornos por contratos da Copa América, Copa Ouro, Copa do Brasil, e pelo patrocínio da seleção brasileira. Eu usei instituições financeiras dos EUA e facilidades de transação bancária digital nos EUA para pagamento de algumas dessas propinas, bem como para pagamentos legítimos correspondentes a esses direitos.

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