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LANCE!

'Melhor' do que em 2013, Gustavo Henrique usa sequência para se firmar

3 set 2015 - 07h53
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A história do futebol certamente registra muito mais zagueiros vilões, execrados por suas torcidas, do que zagueiros heróis, ídolos, aplaudidos. Para piorar, o Santos não costuma revelar grandes defensores, o que só deteriora o cenário para quem sobe da base. Mas estamos falando de Gustavo Henrique, e essas duas "regras" não se aplicaram para sua afirmação no time profissional. Nesta quinta-feira, às 19h30, contra a Chapecoense, na Vila Belmiro, o jovem camisa 6 do Peixe fará o nono jogo seguido de titular. É para não deixar dúvida.

Gustavo Henrique, do Santos
Gustavo Henrique, do Santos
Foto: Ricardo Saibun / Santos FC

– Acho que estou conseguindo aproveitar o espaço que recebi, sim. O professor Dorival tem me passado muita confiança, e não só eu, todos os jogadores precisam de uma sequência para mostrar seu futebol – disse o jovem defensor, ao LANCE!.

Desde que Dorival Júnior optou por Gustavo Henrique em vez de Werley, o Santos não perdeu mais – hoje a invencibilidade é de dez jogos. Além disso, o time sofreu cinco gols neste período, sendo só dois na Vila.

No nono jogo seguido, Gustavo chega exatamente à metade das partidas que disputou consecutivamente no seu primeiro ano completo como profissional, em 2013. Na ocasião, ele tirou espaço de Durval, outro zagueiro veterano, e se firmou no elenco. Uma séria lesão atrapalhou sua evolução em 2014, mas hoje o zagueiro se vê até melhor do que em 2013.

– Aquele momento foi meu primeiro ano como profissional. Ganhei a Taça em janeiro, depois recebi chances no segundo semestre. As coisas se desenvolveram, aconteceram bem, o time ficou na melhor posição do Brasileiro em alguns anos, mas depois aconteceu a lesão e complicou. Agora estou confortável, disputei posição e estou tentando fazer o máximo para seguir no time – diz o garoto de 22 anos, um dos poucos zagueiros candidatos a ídolo no Peixe.

Alvo de pedidos da torcida em 2013, quando Durval se deu mal, e em 2015, quando Werley perdeu totalmente o espaço, Gustavo Henrique tem retribuído a confiança com atuações firmes. A boa fase do Peixe também passa pelo jovem zagueiro.

BATE-BOLA com GUSTAVO HENRIQUE

ZAGUEIRO DO SANTOS, ao LANCE!

Qual o peso da vitória fora de casa na última rodada para a sequência do Santos no Brasileirão?

Foi uma vitória muito importante, já tinha passado da hora de ganhar fora de casa. Agora estamos em uma sequência muito boa dentro e fora de casa. Contra a Chapecoense, é manter essa pegada e somar três pontos para diminuir ainda mais a diferença para o G4. Não dá para desperdiçar ponto.

O Santos está perto do G4. É hora de pensar em objetivos maiores nesta temporada?

A gente tem que pensar sempre lá em cima. Estamos a quatro pontos do G4 (antes dos jogos de quarta-feira). Sabemos o quanto é difícil estar lá embaixo, então temos que pensar em coisas positivas, em vaga na Libertadores, em ganhar a Copa do Brasil, tentar conquistar essa vaga no G4, esse tipo de coisa. Para coroar o semestre.

Nesta boa sequência, você tem sido titular. Aproveitou a chance?

Às vezes é complicado jogar poucos minutos, ainda mais sendo zagueiro, porque você fica perdido, então é importante ter uma sequência. Consequentemente o time está indo muito bem e tomando poucos gols.

E como tem sido a parceria com o David Braz? Ele te elogiou.

Ele é um grande jogador. No Santos tem vários bons zagueiros, ele, o Werley, o Paulo, o Leonardo, que está voltando de contusão. O David Braz é um cara que sempre me apoiou, vem ajudando. Ele me chama muito para conversar, questões fora do campo e também no campo, acertar posicionamento e tomar menos gols. Isso tem sido importante para minha evolução atualmente.

Por que a fase começou a melhorar quando o Dorival chegou e colocou mais garotos no time?

O Santos sempre teve essa filosofia de juntar experientes com a molecada, e vem dando certo. Os mais novos sempre procuram fazer o seu papel, escutando os mais velhos, e a torcida apoia. Isso faz a diferença, porque te deixa confortável para corresponder. Essa mescla é um dos segredos do Santos na temporada.

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