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Mundial de vôlei de praia 'interrompe' briga de gigantes por Jogos Rio-2016

26 jun 2015 - 07h14
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Um dos eventos mais tradicionais do calendário do vôlei de praia, o Campeonato Mundial da Holanda começa nesta sexta-feira com uma aparente contradição: o torneio não conta pontos no ranking olímpico, por decisão da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), mas coloca em evidência uma disputa acirrada entre as três principais duplas femininas do país a 406 dias dos Jogos Olímpicos Rio-2016.

Bárbara e Ágatha brincam com conchas, troféu da etapa norte-americana
Bárbara e Ágatha brincam com conchas, troféu da etapa norte-americana
Foto: Divulgação / CBV

Parceria número 1 do mundo, Ágatha e Bárbara Seixas incendiaram a briga por uma das duas vagas do país após vencerem o Grand Slam de São Petersburgo (EUA), no domingo, e assumirem a liderança no ranking olímpico, com 2.360 pontos. Em seguida, estão Juliana/Maria Elisa, com 2.120, e Larissa/Talita (1.960). O somatório considera apenas os dois Grand Slams e dois Major Series disputados até o momento.

Quando analisadas todas as etapas do Circuito Mundial deste ano, o desempenho das brasileiras chama a atenção. As duplas do país faturaram o ouro nos últimos cinco eventos. Além do título mais recente, Ágatha e Bárbara triunfaram no Open de Praga (RTC). Larissa e Talita venceram o Grand Slam de Moscou (RUS) e o Major de Porec (CRO). Já Juliana e Maria Elisa conquistaram o Major de Stavanger (NOR).

– Nossa dupla vem sendo muito consistente. Em cinco torneios, sempre saímos em primeiro nas chaves. A caminhada é longa, mas é ótimo chegar à metade da temporada neste ritmo – vibrou Ágatha, de 32 anos.

O Campeonato Mundial rende 1.000 pontos ao campeão. Um Grand Slam, torneio de maior peso no Circuito Mundial, por exemplo, vale 800. Por isso, a CBV retirou o primeiro da disputa que dará ao vencedor uma vaga em 2016. Como o evento tem apenas quatro duplas por naipe (Taiana e Fernanda Berti preenchem a última vaga do país), os times não-classificados seriam prejudicados se ele fosse considerado.

A segunda vaga na Olimpíada do Rio virá por indicação da CBV. Hoje, Ágatha e Bárbara estariam classificadas. O cenário deixaria fora uma das duas parcerias apontadas como favoritas: as de Larissa e Juliana, que, em Londres (ING), conquistaram juntas o bronze.

O Brasil é o país que mais faturou o Campeonato Mundial, com nove medalhas de ouro.

Emanuel pode se tornar maior campeão mundial

O campeão olímpico Emanuel vai tentar entrar para a história do Campeonato Mundial. Dono de três títulos, o paranaense está empatado com a americana Kerri Walsh, que volta às areias na Holanda com April Ross, após sofrer um deslocamento do ombro direito durante o Grand Slam de Moscou (RUS), em maio.

Emanuel conquistou o torneio ao lado de Loyola (1999), do atual parceiro Ricardo (2003) e de Alison (2011). Mas alcançar o feito não será missão fácil. Além da disputa contra os estrangeiros, ele vai ter de segurar o embalo de dois brasileiros.

Pedro Solberg e Evandro são os líderes do ranking mundial, com 2.360 pontos, seguidos por Ricardo/Emanuel, com 1.800, e Alison/Bruno Schmidt, com 1.520. Hoje, portanto, os medalhistas de ouro nos Jogos de Atenas (GRE), em 2004, dependeriam de uma indicação da CBV para disputar a Olimpíada do Rio.

Tanto no masculino quanto no feminino, os dois piores resultados das equipes nos nove eventos que somam pontos para o ranking olímpico (cinco Grand Slams, dois Major Series e um Open) são descartados.

O CAMPEONATO MUNDIAL

Sedes

A competição será disputada em quatro cidades: Amsterdã, Apeldoorn, Haia e Roterdã, todas na Holanda.

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Feminino

O Brasil será representado por Ágatha/Bárbara Seixas, Larissa/Talita, Juliana/Maria Elisa e Taiana/Fernanda Berti.

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Masculino

O Brasil terá Alison/Bruno Schmidt, Álvaro Filho/Vitor Felipe, Evandro/Pedro Solberg e Ricardo/Emanuel.

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Regulamento

O torneio começa hoje e vai até o dia 5 de julho. Ao todo, serão 48 duplas por naipe, divididas em 12 chaves de quatro equipes. As duas melhores de cada grupo avançam para a fase eliminatória, assim como os oito melhores terceiros colocados. Nesta etapa, os times da primeira fase ficam em chaves diferentes, emparelhados por sorteio. A partir de então, quem perder está eliminado do torneio.

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Vaga olímpica

Os países das duplas campeãs garantem presença nos Jogos Olímpicos. O Brasil já está classificado. Caso uma dupla brasileira vença o torneio, a vaga vai para o melhor país logo abaixo na competição.

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