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Na Índia, Roberto Carlos diz que tem proposta para treinar clube brasileiro

4 out 2015 - 08h50
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Roberto Carlos pode voltar aos gramados brasileiros. Só que dessa vez no banco de reservas. O ex-lateral tem proposta para assumir um clube brasileiro, porém ainda aguardar retirar a licença da UEFA que o possibilita treinar times e seleções de alto nível. Roberto pretende obter a Pro Licence no final de janeiro de 2016. Se não a conseguir, há chances de ser treinador no Brasil após dirigir o Sivasspor e Akhisar Belediyespor, ambos da Turquia, e o Delhi Dynamos, da Índia, onde trabalha atualmente. 

- Se eu puder [dirigir um clube brasileiro], sim, tenho vontade. Tenho de janeiro até agosto livre. Se eu não for, penso em trabalhar no Brasil para ver se posso voltar depois e ficar de vez. Tive uma proposta do São Caetano, mas ainda não conversei com o pessoal de lá, mas a proposta ficou em cima da mesa. Bom para mim como experiência. Seria legal botar o São Caetano na primeira divisão do Paulista e do Brasileiro de novo - revelou Roberto Carlos, ao LANCE!. 

O ex-lateral fez uma boa campanha pelo Sivasspor, inclusive foi eleito, por jornal local, como o melhor técnico da temporada 2013/14 na Turquia. O desempenho abriu portas para treinar seleções, porém, ainda sem a licença, a vida de Roberto foi dificultada. 

- Já perdi muitas oportunidades de ir para bons clubes, não pude trabalhar em seleções, ou clubes que ficam de sexto para cima na tabela por não ter esse curso. As seleções do Azerbaijão, África do Sul e Irã me chamaram para treinar. Fui sondado por México e Albânia. Querem levar pessoas do futebol para lá. Chegam possibilidades do Catar, China, países que necessitam a Pro Licence e eu não posso ir. Agora em janeiro vou ter essa possibilidade. Meu pensamento no Delhi, o projeto com o presidente, é que eu fique por mais tempo. Se eu puder fazer as duas, ser manager aqui e treinar uma seleção, eu penso em fazer isso. Não sei se é possível, mas é como a Rússia está fazendo, que o treinador do Spartak treina a seleção - afirmou o treinador do Dynamos.

Porém há algo no futebol brasileiro que incomoda Roberto: a mentalidade de demitir os treinadores após pouco tempo de trabalho. 

- Nós, treinadores jovens, temos que mudar essa mentalidade de quaisquer dois jogos perdidos mandar o cara embora. Tem que ter planejamento, fazer um time bom, com muita qualidade, aí você não perde. Porque perdeu um jogo não pode baixar as guardas, tem que tentar mudar a filosofia de quem comanda o futebol brasileiro. Está vendo a Seleção, todo mundo pedia a cabeça do Dunga. Adoro o Ricardo Rocha, ele pode trabalhar na Seleção junto com o Dunga. Sempre quando me perguntam de Seleção, o dia que colocar o Ricardo e o Cafu juntos, vai para frente - concluiu Roberto, que considera Tite o melhor treinador brasileiro na atualidade. 

Como jogador, o ex-lateral conquistou 26 títulos. E agora, como treinador, qual é o sonho de Roberto?

- Daqui uns 15 anos, dirigir a Seleção Brasileira, essa é a minha meta - sonha. 

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