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Nuzman vê Brasil satisfeito com os Jogos e evita falar sobre Hamburgo

Presidente do Comitê Rio-2016 diz que aprovação do público brasileiro é maior do que a de em Londres a oito meses do evento e pede que 'cada país cuide da sua parte, da sua loja'

30 nov 2015 - 13h56
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A recusa da população de Hamburgo (ALE) em sediar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2024 despertou a atenção do mundo sobre os impactos negativos de se organizar um megaevento. Mas este é um assunto que o presidente do Comitê Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, quer evitar.

Foto: Lance!

Nesta segunda-feira, o dirigente afirmou que o Brasil está mais satisfeito do que Londres, sede de 2012, no momento em que a contagem regressiva para a Olimpíada marcava oito meses.

Questionado sobre a decisão dos alemães, que em referendo no último domingo decidiram se retirar da briga com 51,7% de votos contra 48,3%, ele evitou tratar do assunto.  

– É difícil falar sobre o que acontece em outras cidades. Por uma questão ética, prefiro não fazer meu comentário – afirmou o dirigente, que participou do anúncio de patrocínio da Coca-Cola aos Jogos Paralímpicos Rio-2016, no Rio de Janeiro.

– O que posso dizer é que o Rio hoje tem 62% de aprovação no Brasil inteiro. É melhor do que Londres na distância de oito meses para os Jogos. Estamos contentes. Quanto aos outros, cada um cuide da sua parte, da sua loja – completou.

Cerca de 650 mil pessoas participaram do referendo. Os votos foram dados pelos habitantes de Hamburgo e de Kiel (onde as competições de vela seriam realizadas, de acordo com o projeto de candidatura).

Restam na disputa Paris (FRA), Roma (ITA), Los Angeles (EUA) e Budapeste (HUN). A vencedora será anunciada em setembro de 2017, em assembleia do Comitê Olímpico Internacional (COI) em Lima, no Peru.

Os custos elevados com o evento foram um dos principais fatores que pesaram na desistência. A estimativa de gastos dos Jogos pelo alemães era de 7.4 bilhões de euros (R$ 30 bilhões).

Atualmente, o custo oficial dos Jogos Olímpicos do Rio é de R$ 38,7 milhões. O cálculo, no entanto, não leva em consideração despesas como segurança, energia temporária e aditivos a contratos relacionados ao evento. Uma nova atualização da Matriz de Responsabilidades será pulgada em janeiro.

O risco de atentados terroristas é outro foco de atenção dos responsáveis por eventos desse porte, sobretudo após os atentados em Paris (FRA), neste mês. Mas Nuzman também não se mostrou preocupado com a segurança.

– O Brasil está absolutamente preparado e já deu várias demonstrações de sua estrutura. Não haverá nenhum problema (de segurança) durante os Jogos do Rio. É natural que todos estejam trabalhando para que possamos dar a maior segurança e conforto a todos – disse.

Desde semana passada, os órgãos envolvidos na montagem do esquema de segurança da Olimpíada têm se reunido com o Comitê Rio-2016 para discutir o assunto. Uma das preocupações já apontadas são falhas no controle das fronteiras brasileiras.

– É uma questão histórica. Ninguém vai contar tudo sobre como será feita a segurança. Senão, não tem segredo. Foi feita uma reunião de satisfação geral, mas o núcleo do assunto, que é muito forte e competente, continuará trabalhando.

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