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Oi SuperSurf 2015 começa nesta quarta-feira em São Sebastião (SP)

14 jul 2015 - 15h56
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A história do Oi SuperSurf no circuito da Associação Brasileira de Surf Profissional (ABRASP) volta a ser escrita na mesma Praia de Maresias, em São Sebastião (SP), onde a competição que marcou época foi iniciada no ano 2000. Serão 160 surfistas de 13 estados do país brigando pela vitória, que vale 6.000 pontos e praticamente definirá a liderança no ranking brasileiro, atualmente ocupada pelo jovem paulista Deivid Silva. Ele é um dos pré-classificados da terceira fase e terá que passar a bateria para não ser ultrapassado por 16 dos 32 principais cabeças de chave que só estreiam na quarta rodada. A primeira chamada da quarta-feira está marcada para 8h na praia mais badalada do litoral norte paulista.

Serão quatro etapas em grandes palcos do surfe brasileiro, começando por Maresias, nesta semana em São Sebastião. A segunda também acontece no litoral norte de São Paulo, na Praia Grande de Ubatuba, de 12 a 16 de agosto. A terceira será de 9 a 13 de setembro na Praia da Joaquina, em Florianópolis (SC). E a última nos dias 7 a 11 de outubro na Praia de Itaúna, em Saquarema (RJ). No Oi SuperSurf também terá festas e shows por onde passar, com a programação sendo divulgada pelo site do evento.

Nessa temporada, os resultados das etapas estaduais que formaram o ranking brasileiro nos três últimos anos, continuam sendo computados e Deivid Silva lidera a corrida do título somando os 1.000 pontos da vitória na abertura do Circuito Catarinense na Praia da Joaquina, em Florianópolis, com os 555 do sétimo lugar na primeira do Paulista nas mesmas ondas de Maresias. Ele é uma das forças da nova geração que vai participar da estreia do Oi SuperSurf, foi campeão sul-americano Pro Junior no ano passado e é um dos pré-classificados que entram na terceira fase, com um mínimo de 512 pontos.

Mas, Deivid Silva terá que passar essa sua primeira bateria para se manter na ponta, senão será ultrapassado por metade dos 32 principais cabeças de chave na rodada seguinte, antes mesmo deles estrearem no novo circuito da ABRASP, pois já começam com 1.440 pontos garantidos no ranking. A lista é encabeçada por dois campeões brasileiros, o paranaense Jihad Kohdr e o cearense Messias Felix, que divide o terceiro lugar com Alex Ribeiro. Ela continua com mais sete paulistas, Robson Santos (5.o), Flávio Nakagima (6.o), David do Carmo (13.o), Renato Galvão (18.o), Thiago Guimarães (18.o), Odarci Nonato (21.o) e Luan Carvalho (25.o), os baianos Marco Fernandez (8.o), Bruno Galini (18.o) e Alandreson Martins (25.o), o catarinense Matheus Navarro (13.o), o paraibano Samuel Igo (15.o) e o paranaense Caetano Vargas (21.o).

BUSCA PELO TRI

Nesta relação, estão dois dos três surfistas que podem igualar uma marca histórica da ABRASP no Oi SuperSurf 2015. Desde a criação do Circuito Brasileiro em 1987, apenas o paranaense Peterson Rosa conquistou o título nacional três vezes, em 1994, 1999 e em 2000, no primeiro ano do SuperSurf. O único que não está entre os principais cabeças de chave é o carioca Leonardo Neves, bicampeão em 2002 e 2003, que vai estrear na segunda fase. Já o paulista Renato Galvão, número 1 em 2004 e 2007, entra só na quarta rodada, assim como o cearense Messias Felix, que festejou o último título brasileiro do SuperSurf em 2009 e repetiu o feito em 2012, no ranking formado pelos resultados das etapas estaduais.

- Com certeza estava na hora do SuperSurf voltar. Eu e a Suelen Naraisa (SP) fomos os últimos campeões, então está todo mundo na expectativa de competir de novo no Circuito Brasileiro, sem ficar dependendo só dos circuitos regionais como nos três últimos anos”, disse Messias Felix. “O SuperSurf marcou a minha carreira e de muitos surfistas também. Antes eu só corria o Circuito Nordestino, mas quando entrei no SuperSurf ganhei destaque nacional. O primeiro ano que eu competi foi em 2006 e lembro que fiquei emocionado com a estrutura gigante do evento, com várias áreas para os atletas, imprensa, convidados, então foi uma experiência muito boa e me sinto honrado de ter sido o último campeão em 2009.

Realmente, o Oi SuperSurf projetou a carreira de muitos surfistas, com alguns deles chegando a alcançar a divisão de elite do Circuito Mundial, graças ao bom desempenho no Circuito Brasileiro da época, como o bicampeão brasileiro Leonardo Neves, por exemplo. O catarinense Willian Cardoso chegou bem perto de entrar no WCT também algumas vezes e ressalta a importância de um Circuito Brasileiro forte para valorizar as carreiras dos surfistas a nível nacional, projetando-as para o cenário internacional. Ele detém o recorde no índice de vitórias em baterias disputadas nos 10 anos de SuperSurf, com 68,3% de aproveitamento, saindo do mar em primeiro lugar em 28 das 41 vezes que competiu.

- Foi uma época muito boa, porque você tinha certeza que ia pro campeonato e seria bem pago pelo seu trabalho, tinha uma mídia forte por trás, além do privilégio de competir com os melhores surfistas do país”, destacou Willian Cardoso. “As federações estaduais fizeram o máximo para manter viva a disputa do título brasileiro nestes últimos anos, mas a gente precisava de um circuito forte que possa estar elevando o nível do Brasil, como era nos tempos do SuperSurf. Foi uma época de glória. A gente tinha premiações no mesmo nível das etapas do Circuito Mundial, a estrutura também, tinha carro de bônus para os campeões brasileiros, os patrocinadores acreditavam e você podia viver só do SuperSurf, nem precisava correr o Mundial. Mas, lógico que a opção era de cada um. Na real, muitos surfistas viviam superbem só no Brasil e o que a gente vê hoje são muitos atletas sem patrocínio pela falta de eventos importantes, desistindo da carreira, então que bom que vai voltar pra gente mostrar para as próximas gerações que é possível viver do surfe no Brasil.  

NOVA ELITE EM 2016 

O Oi SuperSurf 2015 vai começar com muitos surfistas que apostam no sucesso do retorno do evento que ficou marcado como o circuito nacional mais rico do mundo entre 2000 e 2009, para prosseguirem na carreira profissional. A maioria dos 64 que vão disputar a primeira fase na quarta-feira em Maresias, nunca participou do Circuito Brasileiro. A batalha principal de todos é terminar entre os 44 primeiros colocados no ranking final da ABRASP em 2015, pois este grupo deverá formar a elite que vai disputar o título brasileiro no ano que vem, nos mesmos moldes do WCT no Circuito Mundial.

A previsão inicial era de 144 inscritos em cada etapa, mas a procura foi tão grande que o limite foi estendido para 160 competidores. O número impressiona porque chega perto dos 176 surfistas que disputaram baterias nos 10 anos de história do SuperSurf. A maioria dos participantes na etapa de abertura em Maresias é de São Paulo, 53 surfistas, seguido por Santa Catarina (31), Rio de Janeiro (23), Ceará (15), Pernambuco (10), Bahia (8), Paraná (5), Espirito Santo (4), Rio Grande do Sul (3), Rio Grande do Norte (3), Paraíba (3), Alagoas (1) e Fernando de Noronha (1). Eles foram divididos em quatro fases de 16 baterias, sendo 64 na primeira, 32 na segunda, 32 na terceira e os 32 principais cabeças de chave mais bem posicionados no ranking brasileiro, só entram na quarta rodada da competição.

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