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Olaria chega aos 100 anos com história repleta de craques e revelações

1 jul 2015 - 08h26
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Um dos mais tradicionais clubes do Rio de Janeiro, o Olaria Atlético Clube, situado no bairro de mesmo nome, na Zona Norte da cidade, completa 100 anos, nesta quarta-feira. Reconhecido como um dos grandes formadores de jogadores do estado, o time da Rua Bariri teve grandes craques em sua história, sendo, inclusive, o último clube de Garrincha, ídolo do Botafogo, e bicampeão mundial com a Seleção Brasileira. Atualmente, disputa apenas a Série B do Campeonato Carioca.

Nos círculos, Gonçalves, em pé; Aílton, segundo agachado da esquerda para direita, e Romário: Revelações do Olaria
Nos círculos, Gonçalves, em pé; Aílton, segundo agachado da esquerda para direita, e Romário: Revelações do Olaria
Foto: Reprodução

Além do "Anjo das Pernas Tortas", vestiram a camisa do Olaria ex-jogadores como Afonsinho, Joel Santana, Antônio Lopes e Jair Pereira, que mais tarde se tornariam treinadores renomados, e Marco "Mehmet" Aurélio, que chegou a jogar na seleção da Turquia. Além destes, passaram pelo clube nomes como Pedrinho, ex-Vasco e Charles Guerreiro, dentre outros.

Mas feito maior do Olaria mesmo foi revelando jogadores. Atletas como Gonçalves, ex-Flamengo, Botafogo e Seleção Brasileira; Aílton, ex-volante de Flamengo e Grêmio; Robert, campeão brasileiro pelo Santos, em 2002, são alguns dos nomes que iniciaram a carreira na Rua Bariri e que depois despontaram no cenário nacional. Mas o principal deles é Romário.

Hoje senador da República pelo (PSB-RJ), o ex-atacante deu os primeiros passos para a carreira de sucesso na Bariri, depois saindo para o Vasco, chegando a ser escolhido como melhor jogador do mundo em 1994, mesmo ano em que foi campeão da Copa do Mundo com a Seleção.

Joel Santana, de 66 anos, outro que começou no Olaria, será um dos ex-jogadores que serão homenageados em uma série de solenidades programadas para o mês de julho em comemoração pelo centenário. O treinador falou da importância que o clube teve na vida dele.

- O Olaria foi a semente de tudo aquilo que eu fiz e conquistei na minha vida. Como jogador, comecei no infanto-juvenil do clube, junto de jogadores como Alfinete e Dé, por exemplo. Agora, torço pelo Olaria. Comecei lá, adoro, gosto e torço pelo clube. Amanhã (quarta) será uma festa muito grande e farei um esforço para ver se consigo chegar lá e dar um abraço nos jogadores e nos dirigentes - disse Joel.

Joel Santana é fotografado ao lado do presidente do Olaria, Pintinho (Foto: Divulgação/Site do Olaria)

Afonsinho afirma que Olaria significou o renascimento dele

Outro craque que defendeu o Olaria foi Afonsinho. O ex-meia do Botafogo e da Seleção, que à época da primeira passagem dele pela Rua Bariri passava por um momento conturbado no Botafogo, em uma briga que o levou a receber passe livre - o primeiro caso no futebol brasileiro - conta o quanto significou o clube na vida dele.

- No meu caso, o Olaria teve uma importância radical na minha vida. Naquele momento, eu estava muito presionado pelos problemas que vinha tendo no Botafogo, tinha resolvido parar de jogar por conta dos processos que vinha sofrendo. Agradeci o primeiro convite. Não aceitei. No entanto, eles me chamaram novamente, eu aceitei para acertar minhas contas e acabar a faculdade. Mas fui muito feliz. Foi um renascimento na minha vida e também para minha carreira. Vi que se parasse de jogar, somente eu perderia. Joguei três campeonatos lá. Era como se fosse minha casa. Convivi com o Sr. Melo, uma pessoa fantástica - contou Afonsinho, ressaltando a importância dos clubes de bairro:

- O Olaria é um clube social, uma coisa muito valorizada e importante para a região. Historicamente sempre teve bons times, com grandes jogadores. Quando vemos o caos instalado no futebol brasileiro atualmente, vemos uma chance de voltarmos a valorizar estes clubes formadores, que são tão importantes para o futebol e para a sociedade.

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