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OPINIÃO: Esquecido por Dunga, Coutinho arrasa no Liverpool

25 ago 2015 - 18h36
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De bola cheia na Inglaterra e bola murcha no Brasil. Esta é a realidade de Philippe Coutinho, que tem arrasado no Liverpool e não consegue nem ser chamado por Dunga.

O meio-campo de 23 anos começou a temporada com mais um golaço de fora da área contra o Stoke City. No último jogo, contra o Arsenal, comandou o show apesar do empate de 0 a 0. Criou seis chances no primeiro tempo, mandou uma bomba na trave e armou mais quatro ataques depois do intervalo, mesmo com o Arsenal dominando o segundo tempo.

Coutinho celebra gol com a camisa do Liverpool (Foto: Divulgação)

Coutinho é um daqueles raros craques que usa a inteligência e a visão como maiores armas – um Ganso que deu certo, mas não se encaixa nas prioridades do atual técnico da Seleção Brasileira.

Se alguém perguntar a Luis Suárez porque ele dividiu a chuteira de ouro com Cristiano Ronaldo no final temporada de 2014, com 31 gols cada, o uruguaio vai certamente reconhecer que parte do sucesso dele se deve ao brasileiro.

Com a saída de Gerrard para o LA Galaxy e a ida de Sterling para o Manchester City, o camisa 10 dos ‘Reds’ virou o dono do time. Todas as jogadas passam por ele e com um pouco mais de tempo e paciência, o que faz no Liverpool seria tranquilamente repetido com a amarelinha do Brasil.

O veterano comentarista da Sky Sports Martin Tyler - uma espécie de Galvão Bueno inglês - argumenta que Coutinho não correspondeu quando ocupou o lugar de Neymar expulso na Copa América.  Ele tem razão, mas é preciso entender também que o meia atacante entrou numa roubada, num time que jogava às vezes com seis na defesa ou quatro volantes.

Coutinho merece altos elogios na Inglaterra porque faz parte de uma equipe que joga para a frente, onde o ataque é a melhor defesa.

- Pequeno brasileiro maravilhoso - foi assim que foi chamado num artigo de Ian Ladyman no Daily Mail.  O jornalista inglês não para por aí. Para ele, é Coutinho que dá a visão, a magia e a consistência ao Liverpool.

- Ele dita o ritmo em vez de acompanhar e está sempre antecipando a jogada, pensando e fazendo acontecer bem na frente dos outros - completa Ladyman.  

Tirando Neymar, o único jogador da Seleção que chega perto em termos de criação e inventividade é Oscar. Mas o armador anda esquecido na reserva no Chelsea.

Numa convocação que inclui o "incrível" Hulk, deixar Coutinho de fora e mais do que injustiça – é dar uma de cego diante do que todo mundo vê.  

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