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OPINIÃO: Qual é o verdadeiro Palmeiras? Será que dá para explicar?

13 ago 2015 - 16h44
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Qual é o verdadeiro Palmeiras? O que aconteceu com um time que emplacou sete vitórias, mais um grande empate fora com o Sport jogando bem, e agora soma três derrotas? São tais questionamentos que atormentam a cabeça do torcedor palmeirense depois de um período de grande euforia, às vésperas do returno do Brasileirão. Queda técnica e a perda de Gabriel, talvez, expliquem.

O Palmeiras também já jogou muito mal sem Gabriel, seu principal volante. Há algo em comum, porém, nos momentos de pior rendimento da equipe em 2015: a dupla de volantes, fortíssima, estava desfalcada. Arouca contundiu-se logo nos primeiros minutos da primeira final do Paulistão, contra o Santos. Ficou fora por cinco partidas. Com Gabriel, mas sem Arouca, o time perdeu o Paulistão e entrou em queda.

A equipe perdeu do Santos, empatou em casa com o Atlético-MG jogando desorganizada, goleou o Sampaio Correia (com um primeiro tempo terrível), empatou com o Joinville e perdeu do Goiás com desempenhos sofríveis. Gabriel jogou no meio, com Robinho recuado, em todas estas partidas. Arouca voltou a formar a dupla de volantes em jogo péssimo, contra o ASA (0 a 0). Mas em seguida o Verdão reagiu, jogando bem contra Corinthians e Inter, apesar do empate em casa diante do último.

(Fernando Prass, que mantém o nível, não evitou a terceira derrota)

Sim, Gabriel e Arouca também estiveram juntos em partidas ruins. Houve algumas no Paulistão. Caso também da derrota por 2 a 1 para o Figueirense, que culminou com a queda de Oswaldo de Oliveira. Não são supercraques. Mas são bons, tanto na saída de bola quanto na marcação. A fragilidade da defesa é compensada com eles em ação, os laterais ficam mais "cobertos". Se o clube tem quase uma dezena de atacantes do elenco, não tem outros volantes à altura. O Palmeiras voltou a fraquejar, sem Gabriel. Trabalho para Marcelo Oliveira.

Elogiei neste mesmo espaço o tom o técnico, sempre pés no chão e apontando falhas mesmo na série de vitórias. Os jogadores seguiam o mesmo discurso. Após três derrotas seguidas, fato inédito na temporada, Marcelo usou o termo "soberba". O discurso humilde era só da boca para fora na boa fase? Talvez. Fato é que há uma queda técnica de atletas importantes: Lucas, Egídio, Rafael Marques... O esquema tático, o mesmo da era Oswaldo, nunca foi alterado. O que mudou para o bem antes, e agora para o mal, para ser a atitude, o trabalho em conjunto do time, na defesa e no ataque.

Marcelo acertou muito na reação, principalmente com escolhas coerentes, e agora erra: como pode, da noite para o dia, Leandro Pereira, titular e fazendo gols, virar a última opção do ataque? Leandro Almeida tem vaga cativa na defesa, sendo que Jackson foi melhor sempre que entrou. Cleiton Xavier, mal em Belo Horizonte, virou titular em Curitiba. Onde está Zé Roberto? Nathan foi um erro no Couto Pereira e a mudança demorou a acontecer.

Ainda assim, compreender queda tão abrupta em menos de duas semanas não é fácil. No domingo, tem pedreira contra o Fla, no Parque. Mais uma chance para, ainda assim, fechar bem o primeiro turno. O Verdão está só a dois pontos do G4 - estaria nele se tivesse só mais três pontos na série negativa atual. Será que dá para explicar o Palmeiras?

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