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Oposição arma "guerra fria" para forçar renúncia de Aidar

10 out 2015 - 08h11
(atualizado às 12h51)
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A oposição do São Paulo organiza uma guerra fria para que Carlos Miguel Aidar ceda à pressão e renuncie à presidência do clube. E para que a estratégia política seja concluída com sucesso, o ex-vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro terá papel fundamental.

Carlos Miguel Aidar conta com poucos aliados dentro do São Paulo
Carlos Miguel Aidar conta com poucos aliados dentro do São Paulo
Foto: Ale Cabral / LANCE!Press

O cartola, que deixou a diretoria na última terça-feira (6), assegura ter documentos e até mesmo uma gravação que provam ilegalidades em negociações avalizadas e feitas por Aidar nos últimos meses. O referido áudio, inclusive, pode dar ares cinematográficos à reunião extraordinária do Conselho Deliberativo, marcada para o dia 22, uma quinta-feira.

A convocação para o encontro acontecerá na próxima terça-feira (13). Durante mais de uma semana, haverá grande expectativa sobre as revelações que Ataíde poderá fazer. A ideia é reproduzir o áudio em que supostamente Aidar assume irregularidades em volume alto no salão nobre do Morumbi para que o presidente fique constrangido diante de peças importantes no Conselho.

O constrangimento, aliado à pressão política, acreditam os oposicionistas, é a única forma possível para que Aidar renuncie. Isso porque o impeachment é visto pela maioria dos rivais do mandatário como um caminho praticamente impossível. Para autorizar tal processo, é preciso que a moção de desconfiança (documento que posiciona o Conselho oficialmente contra o presidente) alcance 180 assinaturas, 75% dos conselheiros.

Nos cálculos da oposição, Aidar segue com 20 cadeiras fiéis, o que pode representar mais 20 conselheiros aliados por favores políticos ou pessoais. Além disso, há conselheiros doentes e impossibilitados de opinar e outros, mais conservadores, que consideram o impeachment uma mancha na história do clube. Basta que essa conta chegue a 61 membros para que o caminho seja bloqueado.

Apesar da possível frustração, a expectativa pela renúncia imediata após as acusações e possíveis provas de Ataíde é grande. Outra ponto já comemorado pela oposição é que o encontro deve evidenciar o isolamento de Aidar com seus antigos aliados da diretoria e a perda da maioria das cadeiras no Conselho. Até lá, o tiroteio deve cessar e dar lugar mesmo a uma guerra fria.

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