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Paes sobre infecção na Baía: "virou a Geni da Olimpíada"

30 ago 2015 - 16h44
(atualizado às 17h14)
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Eduardo Paes apresenta a pista de ciclismo BMX
Eduardo Paes apresenta a pista de ciclismo BMX
Foto: J.P.Engelbrecht / Divuglação

Um dia após o Comitê Rio-2016 se manifestar sobre o caso de infeccção do alemão Erik Heil, que faturou a medalha de bronze no evento-teste da vela na Baía de Guanabara, na semana passada, as autoridades envolvidas na organização dos Jogos Rio-2016 tiveram de dar explicações sobre o episódio. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o presidente do Comitê Organizador, Carlos Arthur Nuzman, preferiram não estabelecer relação direta entre o caso e a poluição do palco das provas. Mas também não descartaram a hipótese.

Na visão de Paes, a despoluição não deve ser mais encarada como prioridade da Olimpíada, e sim da cidade. Até porque o próprio governo do estado, responsável pelo tratamento das águas da Baía, já descartou a meta de atingir 80% da meta. Paes avaliou a oportunidade dos Jogos como oportuna para que o assunto seja priorizado e fez até uma comparação entre a Baía e a personagem Geni, da música, Geni e o Zepelim, de Chico Buarque, que na letra sofre uma série de hostilizações.

"É um desafio da cidade chegar a 100% de tratamento do esgoto, não dos Jogos. Os dois eventos-teste tiveram enorme sucesso. A raia é usada frequentemente para eventos-internacionais. Só que a Baía virou a "Geni" da Olimpíada. Tudo querem culpá-la. Não quer dizer que não haja desafios. É bom que a questão seja provocada pela Olimpíada, é um legado intangível estarmos de olho em algo que não olhávamos tanto.  Mas, na raia, não há problema", disse Eduardo Paes, durante a apresentação da nova pista de ciclismo BMX dos Jogos Olímpicos, no Complexo Esportivo de Deodoro.

O alemão ficou na terceira colocação na classe 49er, ao lado de Thomas Ploessel. Nesta semana, ele foi diagnosticado com uma infecção multiresistente e declarou que o motivo seria o esgoto da Baía. Não foi o único caso de atleta que passou mal durante o evento. O sul-coreano Wonwoo Cho também precisou ser internado com febre, calafrios, vômito e desidratação na semana da disputa.

"Tivemos dois ou três problemas, mas não se sabe de onde vieram. Não posso dizer se foi da Baía. Eles usam uma roupa colada no corpo que irrita a pele. Acredito que a Baía passou no teste muito bem. É evidente que existe margem para uma ou outra questão, mas a a preocupação quanto à saúde dos atletas existe sempre", afirmou Nuzman.

Heil segue em tratamento em um hospital de Berlim. Ele já avisou que vai tomar maiores cuidados quando retornar ao Rio para competir. Apesar dos incidentes, Nuzman afirmou que o retorno dos velejadores tem sido positivo no que diz respeito à melhoria da qualidade das águas da Baía de Guanabara.

"Não sou médico, então não posso dizer se foi (por causa da Baía). Só estou apresentando números que mostram o sucesso e que o local está no caminho certo. O governo do estado está trabalhando, a melhoria é notória e os atletas reconhecem, como eles mostraram em inúmeras matérias nos jornais e nas televisões", completou o presidente do Comitê Rio-2016.

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