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Pelé diz que houve erro médico em sua 1ª cirurgia de quadril

Médicos que examinaram o ex-jogador apontara um erro na cirurgia feita por ele, em 2012, para implantar um prótese no quadril

7 abr 2016 - 01h02
(atualizado às 08h24)
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Nesta quarta-feira, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, falou sobre um suposto erro médico na sua primeira cirurgia de quadril, em dezembro do ano passado. O ex-jogador falou em entrevista ao site do Folha de São Paulo. A primeira operação, a que teria ocorrido o erro, foi realizada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, enquanto a segunda, ocorreu no Hospital For Special Sugery, em Nova York.

"Segundo os médicos que me analisaram, teve um erro médico. Um erro na técnica dos brasileiros", afirmou Pelé.

Foto: Lance!

Pelé ainda tem dificuldades para se movimentar, após quatro meses da operação. Não está mais usando o andador, mas ainda usa uma bengala na mão esquerda. O ex-camisa 10 do Santos ainda comentou sobre a situação da CBF.

"A gente não tem parâmetro. É pouco tempo, mas ocorreram algumas mudanças, [embora] nenhuma definitiva. A gente tem de esperar gestão definitiva. Em uma época, nós batemos de frente com o João Havelange. Questionamos. Agora, não dá para falar nada ainda [Del Nero assumiu em abril de 2015; após denúncias, afastou-se formalmente do comando para se defender, dando lugar ao coronel Nunes]."

Pelé ainda falou sobre o 7 a 1 da Copa de 2014 e até comparou com a derrota para o Uruguai em 1950, no Maracanã.

"A gente está rindo, mas é triste. Virou até piada essa coisa. Em 1950, eu tinha 9 para 10 anos. Eu estava com meu pai, que tinha convidado amigos para assistir ao jogo em casa. Eu estava com meus colegas brincando. De repente, um silêncio. Entrei na sala e eles falaram o que tinha acontecido, que o Brasil tinha perdido a Copa. Falei a ele: 'Calma, pai, não chora, nós vamos ganhar ainda uma Copa para você'. Não esqueço essa cena. Foi um desastre na época. Essa Copa de agora, com certa experiência, me fez sofrer muito menos. Acho que Deus tinha me preparado. Foi tão absurdo que a gente tomou de 7 e depois esqueceram que a gente tomou de 3 para a Holanda."

Pelé explicou o motivo de ter ido para Nova York, nos Estados Unidos, para realizar outra cirurgia no quadril, já que havia feito uma em São Paulo.

"Segundo os médicos que me analisaram, teve um erro médico (na cirurgia feita em São Paulo), um erro na técnica dos médicos brasileiros. Eu tinha um problema na resistência, e a dor não passava. Fiz fisioterapia por dois ou três meses, mas não passava. Os médicos que antes tinham me orientado a fazer a cirurgia no Brasil acharam melhor me levar aos EUA. Para encurtar a conversa, o médico disse que a técnica deles era a seguinte: tem o fêmur, a cabeça do fêmur e o chapéu, eles fixam com três parafusos, até calcificar. Aqui no Brasil, usaram um parafuso só e não calcificou, ficou solto. Eles acharam melhor que eu fizesse o reparo lá. Não tenho dor nenhuma. Até brinquei com meu médico que chegou minha oportunidade na Olimpíada (risos). Eu já soltei o andador, estou com uma bengala. Mais uns três meses vou brigar por uma vaga."

O Rei também falou sobre sua participação na Olimpíada do Rio.

"Ainda não tem nada certo sobre isso. A empresa que cuida dos meus direitos está vendo como vamos fazer. Eu estou fazendo uma letra e música da Olimpíada."

"Quando recebemos a tocha, eu dei a volta com ela. Na abertura, fui consultado para ver se eu tinha interesse. Mas não tem nada acertado. A companhia que cuida da minha imagem é quem está discutindo isso", completou.

Já no fim, Pelé brincou sobre seu projeito de completar 100 anos e disse que objetivo é bater uma bolinha no Maracanã com essa idade.

"Eu sou mineiro, de Três Corações. Começa a se preparar, que com 100 anos eu vou bater uma bolinha no Maracanã. Não sei onde vai ser, mas vocês vão estar comigo."

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