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PF investiga superfaturamento na obra da Arena Pernambuco

14 ago 2015 - 14h57
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A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira a Operação "Fair Play", com o objetivo de investigar fraude na concorrência internacional e apurar um superfaturamento, estimado em R$ 42.825.000, na execução do contrato entre o estado de Pernambuco e a sociedade anônima formada pelas empresas Odebrecht Investimentos em Infraestrutura Ltda e Odebrecht Serviços de Engenharia e Construção S/A na construção da Arena Pernambuco. O estádio, localizado em São Lourenço da Mata, custou cerca de R$ 796 milhões, sediou três jogos da Copa das Confederações de 2013 e cinco na última Copa do Mundo.

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Foto: Anderson Stevens/Eleven / LANCE!Press

Segundo as investigações da PF, foi concedida autorização a uma das empresas para elaborar o projeto básico do edital de concorrência sem licitação ou edital de chamamento. Tal projeto foi produzido sem todas as informações, sem justificativa dos custos adotados e ainda, por exemplo, com prazo curto (de 45 dias) para análise para as demais concorrentes. As provas reunidas indicam formação de organização criminosa voltada à corrupção de agentes públicos, à obtenção, mediante frase, de financiamento e à fraude em licitações.

– Há uma projeção de superfaturamento, e a constatação com precisão matemática será o segundo passo da investigação. A fraude na concorrência internacional já está confirmada – destacou o delegado Felipe Barros Leal, durante entrevista coletiva na sede da Polícia Federal de Recife.

– A denúncia é sobre a Arena Pernambuco. A ideia não é avançar em outras arenas. Documentos de outras arenas são importantes, porque se transformam em padrões de custo – completou o delegado ao explicar o motivo da busca por documentos em outros estados.

Foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão em escritórios da Odebrecht em Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal. A PF ainda fará buscas no Comitê de Gestão Público Privada do Governo de Pernambuco (CGP). Em nota, a Odebrecht garantiu que "tem convicção da plena regularidade e legalidade do referido projeto" e está "à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos e apresentar documentos sempre que necessário, sendo injustificáveis as medidas adotadas nesta data".

A Arena Pernambuco, cuja capacidade é de 46 mil pessoas, passou a ser a casa do Náutico desde maio de 2013 – o contrato entre as partes foi assinado ainda em 2011. O estádio ainda recebe partidas do Sport.

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