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Porta-bandeira, Thiago Pereira busca recordes de medalha no Pan: 'Lutar'

9 jul 2015 - 13h57
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Quem disse que os Jogos Pan-Americanos de Toronto não valem muito para os principais atletas do Brasil? Para Thiago Pereira, a competição vale, e muito. Afinal, o nadador está perto de alcançar diversos recordes na competição.

Thiago Pereira será porta-bandeira do Brasil na Cerimônia de Abertura do Pan
Thiago Pereira será porta-bandeira do Brasil na Cerimônia de Abertura do Pan
Foto: Edu Viana

Com 18 medalhas na história do Pan, o brasileiro pode se tornar o maior medalhista do país. Está atrás de Gustavo Borges, que obteve 19 conquistas. Se não bastasse, ainda tem chances de passar o ex-ginasta cubano Erick López Ríos, que subiu ao pódio 22 vezes. Acha pouco? Então, tem mais.

Pereira também pode passar Ríos no número de ouros. O brasileiro tem 12, contra 18 do cubano.

E a luta por tantos recordes não é a única motivação do nadador. Ele ainda foi escolhido como porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura do Pan, nesta sexta-feira.

Por tudo isso, quem chegou à Vila Pan-Americana na manhã desta quinta-feira não se surpreendeu ao ver um atleta enrolado em uma bandeira do Brasil cercado por jornalistas. Era Thiago Pereira. Em entrevista a jornalistas brasileiros, ele falou sobre os recordes, a emoção de levar a bandeira do país e o Mundial, que acontece logo após o Pan, em Kazan (RUS). Confira:

Sete ouros em oito provas para passar o cubano em total de ouros. Essa é a missão mais difícil?

Pode ser que sim. Mas meu grande objetivo no Pan-Americano, como em todas as outras competições, é pensar o dia após dia. Foi assim que conquistei todas as minhas medalhas no Rio em 2007, em Guadalajara em 2011. Então, fui sempre dia após dia, prova após procva, nunca tentando abraçar tudo de uma vez só. Os recordes são emocionantes, meu sonho hoje de quem sabe esta realizando. Seria maravilhoso para a minha carreira. Mas sei da dificuldade que vai ser. São várias provas. É um Pan-Americano que foi reduzido em dias de competições. É um sonho, difícil, é. Mas é uma competição e tudo pode acontecer. Vamos deixar rolar e ver como vou estar. Tenho certeza que vou estar bem, estou muito confiante. Fiz tudo o que poderia fazer dentro de treino, fora da água, na minha preparação.  Então, é força total nesse Pan. Vamos com tudo não só para estar colocando meu nome na história não só no esporte nacional, mas no internacional. Mas é uma coisa que eu sempre digo, caso alcance todos esses recordes, não é só o Thiago. É o Brasil. No fim das contas é nosso país que passa também a ter um recorde que passa a ser importante para todos nós, nosso esporte, pelo momento que vivemos, véspera de uma Olimpíada em casa. Isso só vem a somar para o esporte nacional.

Encara esses recordes como uma missão?

Vou encarar prova a prova, tempo a tempo. É viver cada momento na sua hora. Se eu for querer pensar nas sete, seis de ouro... Antes de brigar pelas medalhas, tem um passo pela frente, tem eliminatória. É ter calma, ser bastante inteligente dentro das provas. Se der para dosar em algumas provas da manhã e soltar mais na tarde,nas finais. Mas estou bem tranquilo, bem confiante. E a questão do recorde, acho que temos de deixar rolar. É construir dentro da competição, crescer a cada dia, manter a Seleção unida. Não sou só eu que faço parte. Tentar fazer mais uma vez a natação ser o esporte que mais trouxe medalhas para o Brasil em Jogos Pan-Americanos., é buscar tempos... Não estou na verdade pensando nos recordes e medalhas. Lógico que vem na minha cabeça, mas estou pensando prova a prova.

Ter menos dias de competição dificulta essa tarefa?

Dificulta um pouco, porque acumula um pouco mais as provas. Mas nop Rio também tivemos semifinal, foi mais difícil. Em Guadalajara, tivemos altitude. Então, foi outro fator. Agora, não tem nada. Diminuiu os dias mas pelo meu cronograma não está tão tenso. A minha prova, os 200m medley é só no último dia, só tem essa prova. Os 400m medley pega com uma outra prova, mas é a primeira. Até o dia dos 400m medlley vai ser uma pedreira, porque tem o 100m borboleta. Então, o que eu digo de pensar prova a prova, se eu chegar nesse dia nos 400m medley pensando nos 100m borboleta, as coisas não vão andar da maneira que a gente gostaria. Vou para os 400m medley e depois para os 100m borbo. É pensar passo a passo.

Está pensando no recorde de ouros?

(Risos) Foquei mais no que eu podia fazer, nos meus treinos, na minha preparação. Agora, vai ser o resultado de tudo que eu fiz. Espero estar alcançando seja ouro, quantidade de medalhas... O mais importante é estar conquistando medalhas para o Brasil.

A Cerimônia de Abertura será mais uma prova para você?

Ainda nem sei como vai ser. Vão me explicar mais tarde como vai ser. Não sei se eu levaria como uma prova, mas levaria como um reconhecimento. Estou muito feliz, não tem maior honra para um atleta do que carregar a bandeira de seu país em uma competição de tremenda importância que é o Pan. Fiquei muito emocionado na hora que eu recebi o convite. Foi uma baita emoção. E a gente começa a ver flash do passado, como a carreira começou. Tive a oportunidade de nadar um Pan no Brasil, estou tendo oportunidade de nadar uma Olimpíada em casa, agora carregar a bandeira em Jogos Pan-Americanos. Estou muito feliz com tudo o que aconteceu na minha carreira. Tem muita coisa para acontecer ainda, mas é uma felicidade imensa. Motivo de orgulho para mim.

Sua mãe vai estar aqui?

Vem. Ela não consegue chegar antes, porque meu primo está casando sábado. Eu seria padrinho e ela vai me substituir. Então, ela pega o voo domingo e na segunda ela está aqui.

Está mais ansioso para o Pan do que para o Mundial?

Estamos assim: vamos para o Pan e depois para o Mundial. Vai ser corrido, mas é para isso que a gente treina. Tem de ter um pouco da superação. É uma dificuldade que encontramos nesse ano, as distâncias são grandes. Mas se está sonhando com o Rio em 2016, se o atleta está buscando medalha, uma final ou outra coisa, vai ser muito mais difícil. O rio vai ser mais competitivo, em casa. É bom para dar uma engrenada. É bom para ver que nível a gente está. É um ano para acertar os detalhes”

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