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Presidente do Corinthians minimiza tumulto na Bahia e diz que convidou organizada ao CT: 'Eu sei o que pode'

Roberto de Andrade se manifestou pela primeira vez após reunião de membros da Gaviões da Fiel que repercutiu mal entre os jogadores. Depois, houve xingamentos em hotel

26 mai 2016 - 15h35
(atualizado em 7/6/2016 às 16h12)
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Roberto de Andrade concedeu uma entrevista coletiva áspera nesta quinta-feira, dia em que o Corinthians venceu a Ponte Preta por 3 a 0 na Arena de Itaquera e espantou um jejum de cinco partidas sem vencer na temporada. O principal assunto do diálogo de cerca de cinco minutos do presidente do Timão com a imprensa foram as recentes manifestações de torcedores a respeito da fase da equipe, em especial a reunião promovida dentro das dependências do CT Joaquim Grava com quatro representantes da Gaviões da Fiel, a principal organizada do clube, seis jogadores (Cássio, Fagner, Uendel, Elias, Giovanni Augusto e André) e dirigentes do Corinthians.

Dias após o diretor adjunto de futebol do clube, Eduardo Ferreira, dizer que o encontro é "cultural" no Corinthians e serviu como incentivo para a sequência da temporada, Roberto de Andrade revelou ter feito um pedido para que a Gaviões da Fiel fosse ao CT para uma conversa amistosa.

- Não é que a diretoria permitiu, a diretoria que convocou que eles (torcedores organizados) fossem lá para conversar. Eu que pedi que eles fossem. Para mim é (normal), não tem nada demais. É normal que se converse, foi só isso. Não abre nenhum precedente. Vai falar que gera violência? Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Se tivesse perdido hoje (quinta-feira) você ia falar que era por isso? Não há efeito a favor nem contra, a torcida faz parte do futebol - disse o presidente do Corinthians, antes de completar ao ser questionado sobre o aval da comissão técnica para o encontro de jogadores com torcedores.

- Comissão técnica não tem que dar aval nenhum, o presidente sou eu. Não chamei a comissão técnica para conversar, chamei os torcedores para conversar com os jogadores, a comissão técnica não tem que falar se pode ou não. Eu sei o que pode. O que me motivou foi a vontade de conversar, nenhum problema. Eu acho que conversa cabe sempre e eu sou adepto a isso, por isso chamei três quatro pessoas da torcida para conversar. Não foi a primeira vez que fiz isso e não vou parar de fazer se for necessário - bradou o mandatário.

Além da reunião no CT Joaquim Grava, houve outro encontro recente entre torcedores organizados e jogadores do Corinthians, porém o clima não foi amistoso. Na Bahia, antes da partida contra o Vitória pela segunda rodada do Brasileirão, alguns torcedores xingaram e protestaram contra o grupo no hotel em que estavam hospedados. Segundo Roberto de Andrade, houve manifestações fortes, mas sem agressão física.

- Estavam lá, reclamação faz parte. Não tem como travar as pessoas de falarem. Não houve agressão, nada. Quem falou é mentiroso e maldoso. Houve xingamentos e reclamações - explicou.

Apenas um jogador do Corinthians se posicionou sobre as manifestações da torcida nos últimos dias. Recém-chegado ao clube, o meio-campista Guilherme disse que tal ato deixava o grupo chateado e não era positivo. Tite e mesmo líderes do grupo, como Fagner e Cássio, disseram que não falariam sobre o assunto. De acordo com Roberto de Andrade, Guilherme só foi contra porque não sabia como havia sido a conversa.

- Todos ficaram muito confortáveis. Você não ouviu da boca de ninguém que eles não ficaram. O Guilherme nem estava presente na conversa, estava dentro da fisioterapia, quando ele soube "ah, os torcedores estão aí" aí ficou com a conotação de invasão. Não tem nada a ver. Pergunte para qualquer um do elenco que estava na sala - disse o mandatário.

ESCÂNDALO DA BASE

Roberto de Andrade ainda foi questionado a respeito das denúncias de corrupção nas categorias de base do Corinthians, mas não deu declarações profundas sobre o tema. "Tenho mais com o que me preocupar", disse.

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