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'Quarterback' do Verdão, Robinho admite: não ir à Libertadores seria frustrante

27 set 2015 - 08h14
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Robinho reencontrará neste domingo, às 16h, no Morumbi, o São Paulo, vítima do gol mais bonito da carreira do meia do Palmeiras. Na ocasião, ele aproveitou a falha na saída de bola do goleiro Rogério Ceni e acertou chute de quase do meio de campo para abrir o placar na vitória por 3 a 0, no Paulistão. O golaço lembrou um lançamento de um quarterback na NFL, principal liga de futebol americano. A função do meia em campo também pode ser considerada parecida com a de um quarterback, e o camisa 27 palmeirense se inspira em Peyton Manning, considerado um dos melhores atletas da história do esporte.

– Não gosto de ver muito futebol. Quando estou no meu tempo livre, eu vejo NFL, NBA (basquete), procuro ver outros esportes. Vejo futebol quando estou com meu filho. Eu gosto de futebol americano e do Denver Broncos por causa do Peyton Manning, que, pela idade que tem (39 anos) e pelas lesões que já teve, é um fenômeno – afirmou Robinho, ao LANCE!.

– É difícil comparar a um quarterback, mas é claro que a gente no meio organiza o time, coloca bola para os companheiros marcarem. Mas na NFL deve ser muito mais complicados, porque os adversários vão para pegar o cara que vai lançar. É difícil, mas se fosse para comparar, acho que a gente no meio seria o quarterback, sim – comentou o jogador, aos risos.

Quando o assunto volta a ser o esporte da "bola redonda", porém, Robinho deixa a brincadeira de lado. Empolgado com o bom momento da equipe, o meia admite que não participar da próxima Libertadores seria frustrante para o elenco palmeirense. Atualmente, o Verdão é o quarto colocado do Brasileiro e encara neste domingo um rival direto pelo G4: o São Paulo, que está em quinto lugar, com apenas dois pontos a menos na tabela. Outra alternativa de garantir uma vaga na competição sul-americana é conquistando o título da Copa do Brasil, torneio no qual o time está nas quartas de final.

– Falo da parte dos jogadores e se a gente acabar o Brasileiro e a Copa do Brasil sem ter conquistado uma vaga na Libertadores, vai ser uma frustração muito grande, uma decepção gigantesca, não vai ter palavras para descrever. Vendo o elenco e o futebol que a gente vem mostrando, não passa pela cabeça ficar fora da próxima Libertadores – declarou.

Com o desafio de organizar o time igual ao quarterback, Robinho se diz preparado para ajudar o Verdão. Boas inspirações ele já provou que tem, e agora quer mostrar em campo para acabar com o jejum de 13 anos sem vitórias no Morumbi.

Meia admite cabeça quente e se arrepende

Robinho não escondeu a irritação após os empates por 3 a 3 com o Corinthians, pelo Brasileirão, e 1 a 1 com o Internacional, pela Copa do Brasil. Nas duas ocasiões, ele chegou a dizer que estava p... com o resultado.

– Eu fico chateado, ainda mais quando vejo que o jogo está para a gente, como foram esses. A gente trabalha muito e tem alguns vacilos, e eu acabo sentindo muito. Saio de cabeça quente e acabo falando coisas que não tem que falar, depois eu até me arrependo. Sei que é errado, mas às vezes não me controlo, é meu jeito.

Confira o bate-bola com Robinho:

O golaço contra o São Paulo é a melhor lembrança na carreira?

Na verdade, nem penso muito nisso, o que eu penso é no Brasileiro, e a gente precisa vencer para abrir cinco pontos. Esse gol ficou na memória dos torcedores. Na minha, só quando eu parar de jogar é que vou voltar a pensar nele. Agora não, estou focado no presente, que é o Brasileiro.

É o melhor momento do time desde a arrancada no 1º  turno?

Sem dúvida, a gente voltou a viver um grande momento, o semblante de todo mundo está legal, confiante, o futebol voltou a aparecer, e a gente espera manter esse ritmo.

O Palmeiras ganhou os dois jogos neste ano. Acha que o São Paulo terá o sentimento de revanche?

Do lado deles pode ser, a gente trata como um jogo normal do Brasileiro. Lógico que é clássico, tem esse peso, mas vale três pontos como qualquer outro jogo do Brasileiro. A gente precisa ganhar para não ser ultrapassado pelo São Paulo, é preciso se manter no G4, e nada melhor que um clássico para isso.

O Palmeiras usa técnicas parecidas dos esportes americanos para recuperar os atletas...

O Altamiro (Bottino), nosso fisiologista, fisioterapeuta e comissão técnica fazem algumas coisas que você chega até duvidar. Isso é muito importante, ainda mais agora com jogos quarta e domingo. É muito importante que eles enxerguem coisas de lá e tragam para o futebol. Eles estão sempre procurando algo novo para nos ajudar. Nosso fisiologista é um dos melhores do Brasil, se não for o melhor.

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