Andrade: "Democracia Corinthiana não trouxe benefício algum"
Em depoimento na CPI do Futebol, no Senado Federal, em Brasília, o presidente do Timão, Roberto de Andrade, polemizou ao falar sobre a Democracia Corintiana. Segundo ele, o movimento ideológico surgido na década de 1980, que influenciou até as "Diretas Já!" durante a Ditadura Militar, não acrescentou na história do clube.
A fala do mandatário alvinegro veio após pergunta do senador Hélio José (PSD-DF), que questionou o que poderia ser feito para passar a limpo o futebol brasileiro.
- Aquilo (Democracia Corinthiana) pouco contribuiu ao clube. Foi um ato dos atletas, que não trouxe benefício algum. Chamou a atenção da mídia porque não tinha concentração e se ouvia dois, três jogadores, que mandavam no elenco. Ficou cravado como ato fora de série, mas não entendo assim. Ao clube, trouxe muito pouco benefício - declarou.
Os ex-jogadores Sócrates, Wladimir, Casagrande e Zenon foram os líderes do movimento na época. Decisões importantes do clube como contratações, gestão do clube, direito ao consumo de bebidas alcoólicas em público e outros assuntos eram votadas por todos do clube. Assim, o voto do técnico, por exemplo, valia tanto quanto o de um funcionário ou jogador, algo inédito e revolucionário para o futebol nacional.
Roberto de Andrade depõe nesta quarta-feira na CPI do futebol ao lado de Eurico Miranda, presidente do Vasco, ambos a convite do senador e ex-jogador Romário.