Roth sofre pressão interna, mas Eurico segura treinador até jogo com Santos
O técnico Celso Roth pode estar com os dias contados em São Januário. Mas, por ora, ele segue no cargo até o jogo contra o Santos, nesta quarta-feira, às 21h, na Vila Belmiro, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. Apesar da pressão interna e externa sofrida pelo treinador, o presidente Eurico Miranda bancou a permanência dele até a partida contra a equipe paulista.
Logo após o empate com o Joinville, no domingo, Eurico conversou com Roth, minimizou as críticas externas e internas, e confidenciou que qualquer posição tomada pela diretoria será avisada pessoalmente pelo próprio mandatário ao treinador. Segundo o LANCE! apurou, porém, nada será feito antes do duelo com o Santos. Uma nova derrota, porém, deixa a situação praticamente insustentável.
A pressão sobre o treinador, entretanto, é enorme. Além da torcida, membros do departamento de futebol e de outras vice-presidências do clube são a favor da saída do treinador. Muitos, em conversas com Eurico, já apontaram que a demissão de Roth é o melhor a se fazer no momento, mas tanto o presidente quanto o vice de futebol, José Luis Moreira, e o gerente de futebol, Paulo Angioni, seguram o comandante no cargo.
- Pressão? Não estou vendo nada disso aqui dentro. Só quem responde pelo futebol é o presidente e o vice-presidente de futebol, e nós estamos deixando ele trabalhar em paz, por mais que seja difícil - disse José Luis Moreira, ao L!.
O treinador já não é unanimidade desde a goleada sofrida em casa para o Palmeiras, há duas semanas. Uma corrente achou que ele deveria sair em caso de revés para o Corinthians, na rodada seguinte, para que o novo treinador assumisse antes do período de novo dias para treinos. Roth, no entanto, foi mantido no cargo, comandou nove dias de atividades, e o Cruz-Maltino só empatou com o Joinville, adversário direto na tabela.
Roth assumiu o Vasco há pouco mais de um mês. Desde então, disputou 11 jogos, com cinco vitórias (duas pela Copa do Brasil), um empate e cinco derrotas. Ele chegou ao clube com o auxiliar técnico Beto Ferreira e o preparador físico Paulo Paixão.