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'Sem campeões o esporte não anda no Brasil', diz 'embaixador' Minotauro

4 set 2015 - 11h15
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Depois de 16 anos no esporte, Rodrigo Minotauro conhece como poucos as necessidades do MMA em busca de popularização. O baiano participou do nascimento da modalidade no Japão, brilhou durante seu desenvolvimento nos Estados Unidos e por último talvez seu maior feito: contribuiu para que o MMA se tornasse o sucesso que é no Brasil. Em entrevista ao LANCE!, ele avalia a situação do esporte no país, detalha seu trabalho à frente do UFC como embaixador de relecionamento dos atletas do UFC no Brasil e explica sua principal para elevar ainda mais a força da modalidade no país.

Conhecido por revelar inúmeros talentos para o MMA como Anderson Silva, Junior Cigano, Fábio Maldonado, entre tantos outros, o Nogueira fala sobre a prática de ajudar o próximo, lembra atitudes que renderam frutos e reflete sobre a necessidade que o Brasil tem de construir campeões.

- No UFC, tínhamos uma equipe grande, estamos sempre puxando alguém: Anderson (Silva), (Fábio) Maldonado... Todos esses lutadores a gente vai puxando. Todos esses talentos eu identifiquei e acho que a missão agora é trabalhar com esses cem atletas novos. Vamos ajudá-los, não treiná-los, mas vamos fazer o que puder para oferecer uma estrutura melhor. Temos uns 30 lutadores já na porta. Vamos mostrar para o Sean Shelby (um dos responsáveis por casar lutas no UFC) e vamos mostrar por que esses atletas são especiais e diferenciados. Vamos renovar nossa safra. Precisamos de campeões. Sem campeões, o esporte não anda no Brasil - avaliou o ex-campeão dos pesados do Pride e do UFC.

Confira um bate-papo com Minotauro sobre a nova função junto ao UFC

Além de marcar presença em eventos nacionais, você vai passar a frequentar academias pelo Brasil também?

Essa é uma das funções. Além de ir aos eventos, vamos visitar as academias, fazer um mapeamento de todas as equipes. Vamos mapear também projetos sociais, ir muito mais a fundo, visitar comunidades pelo Brasil, tentar apoiar eventos amadores e menores. É uma escada grande para sair lá de baixo e chegar no UFC. Os Estados Unidos fazem muitos campeões no Ultimate e sabemos o motivo. O wrestling (luta olímpica) é matéria na escola. Você já tem um lutador ali. No Brasil, não temos isso. Por isso, precisamos massificar e divulgar o esporte.

Agora como olheiro do UFC, como lidar com essa situação para que não ocorra conflito de interesses, já que você também é lider de uma equipe de MMA, a Team Nogueira?

Vou procurar me afastar mais da academia, dos atletas, já que tem meu irmão por lá, e vou trabalhar mais do lado de cá, no UFC, como função prioritária. No momento, tenho de pensar no UFC. Temos muitos talentos na Team Nogueira, mas o cartel e os números não vão mentir.

Como você avalia a situação atual do Brasil no MMA ?

Hoje, estamos em uma troca de gerações. Com a minha saída, vejo como temos carência de novos pesos-pesados. Por outro lado, também temos o campeão, o (Junior) Cigano, que já foi dono do cinturão, eu mesmo já tive o cinturão interino. Temos carência nos pesados, mas precisamos descobrir novos talentos, trazê-los para cá. A categoria dos leves também tem essa carência. Estamos nessa troca de safra e fico feliz por ver o Thominhas (Almeida), o (José) Aldo, que já é experiente. Existe muita gente a ser descoberta. Dá para melhorar muita coisa.

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